"A história evolutiva humana é ainda mais complexa e interessante do que pensávamos anteriormente", afirmou Tracy Kivell, uma das líderes da pesquisa
Nicoli Raveli Publicado em 18/05/2020, às 15h00 - Atualizado às 18h00
Os antropólogos da Universidade de Kent, localizada na Inglaterra, têm realizado pesquisas sobre o uso das mãos em parentes humanos. Diante da primeira análise, foi possível observar que nossos ancestrais utilizavam o membro para escalar árvores — da mesma maneira que os primatas vivos fazem atualmente.
As mãos dos humanos modernos, todavia, progrediram para o desempenho de manobras de precisão. Sem se dar por convencidos, foi realizado um segundo estudo pela da Escola de Antropologia e Conservação de Kent, liderado por Christopher Dunmore, Matthew Skinner e Tracy Kivell.
A partir da comparação entre as estruturas ósseas de fósseis encontrados na África e na Europa — como Australopithecus sediba, Australopithecus africanus, Australopithecus afarensis, Homo neanderthalensis e Homo sapiens — os especialistas relataram que além das mãos dos ancestrais serem utilizadas pala escalação, também eram usadas para a manipulação entre 12 mil e três milhões de anos atrás.
De acordo com os antropólogos, a descoberta foi possível devido a observação das articulações na base dos dedos, uma vez que a estrutura do polegar é rígida assim como dos humanos modernos.
“Nossas descobertas podem apoiar pesquisas adicionais sobre a estrutura interna das mãos em relação ao uso e produção de ferramentas de pedra”, disse o Dr. Dunmore. Já a professora Kivell, alegou que o registro fóssil está revelando cada vez mais diversidade na maneira como nossos ancestrais se moviam e interagiam com seus ambientes. "A história evolutiva humana é ainda mais complexa e interessante do que pensávamos anteriormente", completou.
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