Água líquida subterrânea em Marte pode formar um oceano global, revela sonda Mars InSight da NASA; confira detalhes do estudo
Redação Publicado em 12/08/2024, às 17h09
Cientistas revelaram nesta segunda-feira (12) que Marte pode abrigar água líquida em seu subsolo, potencialmente suficiente para formar um oceano global. Esta conclusão surge a partir de medições sísmicas realizadas pela sonda Mars InSight da NASA, que detectou mais de 1300 tremores antes de 'aposentar' suas operações há dois anos.
Conforme as análises, essa água estaria localizada entre 11,5 e 20 km de profundidade na crosta de Marte. Os cientistas sugerem que a água possivelmente infiltrou-se no solo há bilhões de anos, num período em que o Planeta Vermelho contava com rios, lagos e talvez até oceanos.
A descoberta foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, adicionando mais uma evidência à hipótese de que Marte contém água em estado líquido.
Vashan Wright, o cientista principal do estudo e pesquisador do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia em San Diego, ressaltou, no entanto, que a presença de água não implica necessariamente a existência de vida no planeta.
"Nossos achados indicam que podem existir ambientes potencialmente habitáveis", afirmou Wright em entrevista à agência AP.
Para alcançar essas conclusões, a equipe liderada por Wright combinou modelos computacionais com dados coletados pela InSight, incluindo a velocidade dos abalos sísmicos, identificando a presença de água subterrânea como a explicação provável.
Se a localização da InSight em Elysium Planitia — a segunda maior região vulcânica de Marte próxima ao equador — for representativa do restante do planeta, a quantidade de água subterrânea poderia preencher um oceano global com cerca de 1 a 2 km de profundidade, segundo Wright.
Contudo, para confirmar a presença dessa água e procurar sinais de vida microbiana, os cientistas precisarão utilizar equipamentos perfuratrizes e outros instrumentos específicos. Apesar da InSight não estar mais operacional, os dados coletados entre 2018 e 2022 continuam sendo analisados para obter mais informações sobre o interior do Planeta Vermelho.
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