Os hábitos alimentares na África Ocidental podem ter contribuído diretamente para o desenvolvimento da lactase no seu humano
Wallacy Ferrari Publicado em 15/04/2020, às 13h47
Um estudo divulgado por pesquisadores de universidades do Reino Unido e dos Estados Unidos revelam como o leite animal era essencial para pastores da África Oriental há cerca de 5 mil anos, abrangendo a ideia de consumo e produção na evolução humana.
O local, que é hoje os países da Tanzânia e Quênia, teve diversos registros de resíduos lipídicos orgânicos encontrados após escavações em cerâmicas encontradas no leste da África. Os rastros apontaram evidências de processamento de carne, plantas e leite.
Os vestígios surpreendem pelo hábito do ser humano conseguir interpretar que o consumo do leite de vaca fresco era uma composição nutritiva, antes mesmo de poder comprovar isso. Além disso, a região era conhecida pela criação de gado e modo de vida no leste africano há cerca de 5 mil a 3 mil anos.
Isso também levanta a possibilidade de o consumo de leite não ser feito apenas individualmente pelos pastores, mas também por pessoas da comunidade, buscando aproveitar ao máximo a matéria produzida pelas vacas e bois do gado, desenvolvendo a tolerância humana ao leite.
Katherine M. Grillo, professora assistente de antropologia da Universidade da Flórida e coautora do artigo científico, explicou a importância da descoberta: "É a primeira evidência direta que já tivemos para o processamento de leite ou plantas pelas antigas sociedades pastoris no leste da África”.
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