As mães teriam sido convencidas pelo homem em aplicativos de relacionamento, e enviavam-lhe vídeos dos abusos
Redação Publicado em 01/08/2023, às 09h06
Em dezembro de 2022, um homem foi preso depois que agentes policiais apreenderam, em sua casa, um notebook, uma câmera fotográfica, HDs externos, sem mencionar aproximadamente 12 mil arquivos digitais contendo pornografia, inclusive infantil.
Com a prisão, porém, algumas outras pessoas foram apontadas como envolvidas com os crimes, o que levou à criação da chamada Operação Anêmona, realizada no Ceará e no Rio de Janeiro. E recentemente, cinco mulheres foram presas nesses dois estados, acusadas de abusar sexualmente dos filhos a pedido do criminoso, que era psicólogo, que conheceram em aplicativos de relacionamento.
De acordo com o UOL, as mulheres não só teriam abusado dos próprios filhos, como também de outras crianças próximas que conviviam em torno. Além disso, todos os abusos eram registrados, em imagens e vídeos, e compartilhados com o psicólogo, como pôde ser descoberto depois de sua prisão.
Ao todo, foram cinco mandados de prisão efetuados pela Polícia Federal: no Ceará, nas cidades de Fortaleza, Maranguape e Juazeiro do Norte; no Rio, somente em Belford Roxo.
Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal, o suspeito entrava em contato com as vítimas por meio de aplicativos de relacionamento e, após algum tempo de conversa, as convencia a praticar os abusos contra as crianças, além de gravar e mandar-lhe.
As investigações começaram ainda em setembro de 2022, quando agentes da PF identificaram, em fóruns da DarkWeb — parte da internet sem fiscalização, fomentando ações criminosas virtuais —, publicações de um usuário relacionadas a pornografia infantil. A Operação Anêmona ainda contou, também, com a ajuda dos Conselhos Tutelares das cidades envolvidas nas buscas.
As mulheres presas recentemente, por sua vez, serão indiciadas por crimes como estupro de vulnerável, além de outros previstos pelo ECA (Estatudo da Criança e do Adolescente). Ao todo, as penas podem chegar a até cerca de 45 anos de prisão.
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