Local que líder nazista se suicidou permaneceu uma incógnita por décadas, só sendo revelado durante as preparações para a Copa do Mundo na Alemanha, em 2006
Fabio Previdelli Publicado em 27/07/2020, às 17h00
Em 16 de janeiro de 1945, Adolf Hitler começou a se esconder. Até sua morte, cerca de cinco meses depois, ele passou a residir em um bunker subterrâneo abaixo da Chancelaria do Reich. Originalmente planejado como um abrigo antiaéreo, o complexo de Führerbunker foi ampliado para fornecer proteção permanente não só ao líder nazista, como também para outros membros do alto escalão alemão — lá, por exemplo, Joseph Goebbels e sua família se instalaram em abril daquele ano.
Quando completamente finalizado, o espaço era uma estrutura de vários andares, a quase 10 metros abaixo do solo e protegidos por mais de 4 metros de concreto. O espaço havia sido decorado com móveis de alta qualidade retirados da Chancelaria, juntamente com várias pinturas a óleo emolduradas.
Apesar da aparente segurança, as coisas ficavam cada vez mais apertadas para os nazistas conforme os Aliados pressionavam de todos os lados em direção a Berlim. Em 19 de abril, o Exército Vermelho cercou a capital alemã, já no dia seguinte Hitler fez sua última visita acima do solo. A ocasião que marcava seu 56º aniversário também serviu para o Führer conceder a Cruz de Ferro a membros da Juventude Hitlerista durante uma cerimônia no jardim da Chancelaria. Naquela mesma tarde, Berlim foi bombardeada pela primeira vez. O fim estava próximo.
Em 1º de maio, Karl Donitz, comandante da Kriegsmarine, anunciara por rádio que Hitler havia morrido naquela tarde lutando “à frente de suas tropas”, embora a verdade seja bem mais vexatória e bem menos honrosa para os nazistas — após ditar sua última vontade e testamento, Hitler e Eva Braun se trancaram num escritório, onde horas depois um único tiro foi ouvido. Depois de se suicidarem, os restos de Hitler e Eva Braun foram queimados e enterrados no jardim, assim como de Goebbels, sua esposa e seus seis filhos.
Quando os soviéticos enfim chegaram no terreno, se depararam com o local já abandonado, todo revirado. Como parte de um esforço para destruir os marcos nazistas no país, eles tentaram destruir o complexo, entretanto, não tiveram muita sorte na missão, apesar de algumas áreas do bunker terem sido parcialmente inundadas.
Em dezembro de 1947, houve uma nova tentativa de explodir o local, mas apenas os muros de separação do complexo acabaram danificados. Assim, se passaram mais de uma década, já em 1959, quando o governo da Alemanha Ocidental iniciou um projeto que culminaria em uma série de demolições na Chancelaria, o que incluía o bunker subterrâneo de Hitler. Porém, devido a proximidade do local com o Muro de Berlim, a ideia acabou não andando e o projeto permaneceu negligenciado até meados de 1989.
As coisas só mudaram de panorama quando começou uma extensa construção de habitações residenciais e outros edifícios no local. Na ocasião, equipes de empreiteiros descobriram várias seções subterrâneas do antigo complexo, sendo que grande parte delas acabaram virando um monte de entulho. Porém, ainda existe rumores de que alguns quartos foram selados ao público, mas que permanecem intocáveis até hoje.
A única coisa de concreto é que as autoridades governamentais queriam destruir os últimos vestígios desse marco nazista ao mesmo tempo que nenhum alarde fosse feito, com o intuito de evitar peregrinações de fanáticos ao local. Com isso, diversos os edifícios foram erguidos nas proximidades, o que garantiria o anonimato e uma normalidade para região.
Por lá, um ponto de saída de emergência do Führerbunker, que estava localizado nos jardins da Chancelaria, passou a ser ocupado por um estacionamento. O espaço não foi oficialmente reconhecido como o local da morte de Hitler até junho de 2006, quando — durante a preparação para a Copa do Mundo — um painel de informações foi instalado para marcar a localização do Führerbunker.
O quadro, incluindo um diagrama esquemático do bunker, pode ser encontrado na esquina da In den Ministergärten e Gertrud-Kolmar-Straße, duas pequenas ruas a cerca de três minutos a pé da Potsdamer Platz.
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