O polêmico projeto, idealizado 1923, conta com bastidores curiosos
Giovanna Gomes Publicado em 10/12/2020, às 13h53 - Atualizado em 11/12/2020, às 10h23
O escultor Gutzon Borglum criou no século 20 um dos mais famosos monumentos do mundo: os quatro rostos esculpidos no Monte Rushmore, localizado em Dakota do Sul, Estados Unidos. No entanto, o que nem todos sabem é que uma sala secreta foi elaborada no interior do monte para ser utilizada na época da inauguração.
A idealização
Tudo teve início quando o historiador Doane Robinson contatou Borglum para conversar sobre os planos que tinha para uma escultura que deveria ser realizada em algum dos montes de Black Hills, na Dakota do Sul. A ideia era prestar uma homenagem a história do país.
Decididos quais seriam os homenageados– George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln e Theodore Roosevelt – e onde a obra seria realizada, as obras foram iniciadas no ano de 1927.
Inicialmente, Borglum pensou em esculpir uma linha do tempo ao lado dos quatro ex-presidentes, descrevendo nove momentos importantes do país. No entanto, por razões estéticas, a ideia acabou sendo engavetada. Contudo, uma segunda ideia ainda intriga curiosos.
A construção da câmara
Em 1938, temendo que a obra não fosse preservada, o artista iniciou a construção de uma sala secreta na parte de trás da cabeça de Lincoln.
Seu objetivo era que a câmara, apelidada de Hall of Records, servisse para que os visitantes pudessem conhecer a história do projeto. Além disso, estátuas de outras figuras americanas e documentos históricos, como a Declaração da Independência, seriam abrigados no local.
Contudo, o governo não aceitou a proposta: teria de gastar um valor mais caro que o previsto. Assim, o escultor morreu no ano de 1941, antes mesmo da inauguração do monumento e de uma tentativa para que a câmara pudesse ser finalizada. Por esse motivo, até os dias de hoje não existe uma passagem para que os turistas cheguem até a sala.
Por anos, os descendentes de Borglum lutaram juridicamente por reconhecimento pelas obras do artista. No entanto, a única atitude tomada foi que, no ano de 1998.
As autoridades, simbolicamente, colocaram painéis que contam toda a história do Monte Rushmore no local, além de uma citação do escultor inscrita na entrada como forma de homenagem.
Rushmore é conhecido como o santuário da democracia, mas todos esses personagens têm passados contraditórios.
Thomas Jefferson e George Washington eram donos de escravos, enquanto Abraham Lincoln — mesmo tendo abolido a escravidão — permitiu o enforcamento de 38 deles após um conflito com colonos brancos.
Já Roosevelt teve um passado sombrio com nativos americanos, tanto que ele teria supostamente dito que: "Eu não chego ao ponto de pensar que os únicos índios bons são os índios mortos, mas acredito que nove em cada dez são".
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