Imaginação fértil e medo deram origem a criaturas assustadoras sendo levadas a sério em áreas menos exploradas do globo
Redação Publicado em 05/11/2018, às 12h23
Quando os europeus partiram em direção ao resto do mundo, toda a cartografia teve de ser revista. No começo do século 16, surgiram mapas que buscavam descrever o mundo conhecido - e também o desconhecido. No globo de Hunt-Lenox, de 1510, o primeiro a conter os contornos da América, aparece a frase HIC SVNT DRACONES ("Aqui há dragões") no leste da Ásia.
A frase entrou no imaginário popular como metáfora para o desconhecido. Os mapas da Renascença eram povoados por uma multidão de criaturas fantásticas: dragões, serpentes marinhas, hidras e demônios. O próprio Cristóvão Colombo afirmou ter visto sereias na América, em 1493. Mesmo quando a criatura era real, o cartógrafo costumava fantasiar. O alemão Martin Weidseemüller, que batizou o Novo Mundo de "América", desenhou um elefante na Noruega e escreveu embaixo "morsa".
Outra razão para os monstros era o fato de se viver na Renascença. A moda era copiar o mundo greco-romano, e um dos clássicos da época era História Natural, de Plínio, o Velho, que descreve híbridos de humanos e animais como seres de regiões remotas. Desenhá-los era uma forma de demonstrar erudição.
Irmãos Menendez: O familiar que confirmou a versão da história contada por Lyle e Erik
Titanic: Veja 5 mitos sobre o naufrágio mais famoso da História
Conheça a história da única múmia do Egito que ainda existe no Brasil
Relembre como Harry Potter causou problema real em praia no País de Gales
Judy: Conheça a cachorra que sobreviveu a naufrágio e virou prisioneira de guerra
Waterloo: Relembre a batalha que resultou na queda de Napoleão