Filha da meia-irmã de Adolf, a jovem foi encontrada sem vida no apartamento do ditador, em Munique, com um tiro no peito
Pamela Malva Publicado em 30/05/2020, às 16h00
Dentre todos os integrantes da família de Adolf Hitler, Angela era considerada “a mais normal” pelo psicanalista Walter C. Langer. Meia-irmã do Führer, ela defendeu estudantes judeus e chegou a conter ataques de arianos onde trabalhava.
Tendo crescido ao lado do Führer, Angela Hitler casou-se com Leo Raubal aos 20 anos, em 1903. Com o contador de impostos, a jovem teve três filhos — incluindo a pupila dos olhos de Adolf, Angela (Geli) Raubal.
Herdeira da governanta de Hitler, Geli cresceu adorando seu Tio Alfie — apelido carinhoso dado pela menina para o homem que logo se tornaria um ditador. Adolf, por sua vez, criou um interesse sórdido e incestuoso pela jovem.
Aos 17 anos, Geli era dona de uma beleza encantadora e, assim, conquistou o coração do Führer alemão. Para familiares, historiadores e biógrafos, contudo, essa paixão avassaladora por parte de Hitler foi a sentença final de Geli.
Longe de tudo e de todos
Em meados de 1928, Adolf convidou sua irmã Angela e seus filhos, Geli e Elfriede, para morar em Haus Wachenfeld Obersalzberg, seu retiro nas montanhas. Na residência, o Tio Alfie fazia tudo por sua amada sobrinha.
Entre pagar por suas aulas de música e acompanhar Geli em cafés sofisticados, Adolf Hitler estava claramente apaixonado pela jovem. Dois anos mais tarde, a adolescente mudou-se para o apartamento luxuoso do Führer, em Munique.
Dentro da casa de Adolf, a jovem teve alguns de seus anos mais intensos e preocupantes. Muito longe daquele tio carinhoso, Hitler mostrou-se ciumento, possessivo e bastante restritivo. Ele controlava a vida de Geli completamente.
Uma relação fatal
O relacionamento amoroso entre Adolf Hitler e Geli Raubal era cercado por mistérios e segredos. Uma relação sexual, por exemplo, nunca foi comprovada. Mas todos sabiam que o Führer era apaixonado por sua meia-sobrinha.
Foi apenas em 19 de setembro de 1931 que essa paixão mostrou-se realmente fatal e perigosa. Naquele dia, Hitler havia sido convocado para uma reunião em Nuremberg quando recebeu um comunicado urgente.
Ao saber das notícias, o Führer começou a suar frio e voltou para Munique o mais rápido que pode. Geli fora encontrada morta em seu apartamento, vítima de um tiro no pulmão. A arma de Hitler teria sido encontrada ao lado do corpo da jovem.
Uma morte misteriosa
Ninguém, é claro, ousou pronunciar palavras acusatórias na direção de Hitler. Nenhum inquérito foi aberto e a morte foi classificada como suicídio. O fato que mais incomodava, no entanto, era inegável: Geli, aos 23 anos, estava morta. E não voltaria mais.
Hitler entrou em uma depressão profunda. Rumores sobre a relação incestuosa e um possível assassinato começaram a surgir na mídia. Muitos acreditavam que a menina era mais uma das vítimas de Adolf Hitler, seja sexual ou fatal.
Mais tarde, o Führer declarou que Geli fora a única mulher que ele jamais amou. Quadros da jovem foram espalhados pela casa do ditador e sua morte nunca realmente foi superada pela família de Hitler e Angela.
Teorias para um mistério sórdido
Em 1992, um artigo da Vanity Fair examinou teorias sobre a morte misteriosa de Geli. Para anônimos que sequer ousavam levantar a voz, ela poderia ter sido assassinada a mando de Hitler, que não gostava de sua independência.
Para William Stuart-Houston, sobrinho de Hitler, a jovem com certeza teria sido vítima do tio por um motivo ainda mais aterrador. "Quando visitei Berlim em 1931, a família estava com problemas”, contou. “Todo mundo sabia que Hitler e ela eram íntimos e que estavam esperando uma criança — fato que enfureceu Hitler".
Segundo Angela, contudo, seu meio-irmão jamais seria capaz de tamanha frieza. Ela nunca acusou Adolf diretamente e até insistiu que ele “estava determinado a se casar com Geli”. O suicídio — ou assassinato —, então, teve seus relatórios arquivados.
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