A artista forense Lois Gibson - Divulgação/Guinness World Records
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A artista que já ajudou a polícia a capturar mais de 1.000 criminosos

Lois Gibson já foi vítima de serial killer e ajudou na captura de mais de 1.300 criminosos no Texas, possuindo recorde próprio; confira!

Éric Moreira Publicado em 07/10/2024, às 17h00

No começo deste ano, o Guinness World Records divulgou um título bastante inusitado para seu famoso Livro dos Recordes. A artista forense americana Lois Gibson foi considerada a que mais teve retratos falados responsáveis por identificar criminosos.

Ela trabalhava em parceria com a polícia de Houston, no Texas, e até fevereiro deste ano já havia ajudado a identificar 1.313 criminosos, ao todo. Conheça mais sobre sua história!

Vítima de serial killer

Quando mais jovem, Lois Gibson dançava e atuava como modelo em Los Angeles. Porém, aos 21 anos, foi atacada por um estuprador e assassino em série da região, o que mudou sua vida para sempre.

"Ele me atacou e me torturou quase até a morte. Durante todo o tempo em que ele me atacou, ele me sufocou e, finalmente, sobrevivi, por pouco", relatou Gibson ao Guinness.

Então, após o ataque, ela decidiu deixar Los Angeles e se mudou para Houston, no Texas. Lá, ela buscou um emprego, e desde 1982 trabalha como artista forense para a organização.

Lois Gibson em sua juventude / Crédito: Divulgação/Guinness World Records/Arquivo Pessoal

 

Artista forense

Na polícia, Gibson trabalha diretamente com as vítimas em estado emocional intenso, mesmo quando não conseguem se lembrar exatamente da aparência do agressor.

Para casos assim, ela utiliza técnicas para ajudar as vítimas a se acalmarem, para passarem informações que ajudem a criar esboços suficientemente capazes de ajudar as autoridades a identificarem o criminoso.

Ainda ao Guinness, ela lembra que a primeira vez que trabalhou em um caso de assassinato, fez um desenho "ruim e duvidoso". Porém, mesmo aquela obra apareceu no noticiário, e o companheiro de quarto do suspeito o identificou e denunciou.

"E eu tinha planejado nunca mais fazer isso novamente, porque fazer aquele esboço foi tão horrível emocionalmente, mas assim que percebi que peguei o cara, eu sabia que estava viciada", lembrou durante a entrevista. "Você fica viciado em capturar criminosos quando percebe que pode pegá-los com apenas um pequeno esboço que levou menos de uma hora".

Sou completamente viciada e nunca quero parar de ajudar a capturar criminosos com minha arte", conclui.
Lois Gibson e alguns de seus retratos-falados, e segurando sua placa do Guinness / Crédito: Divulgação/Guinness World Records

 

Por fim, ao programa de televisão italiano Lo Show dei Record, ela disse que não pensa que programas de computador, como a inteligência artificial, sejam capazes de criar retratos da mesma forma que humanos no futuro. Além disso, o título conquistado fez com que se sentisse mais valorizada como profissional:

"O recorde mundial me ajudou a ganhar legitimidade para minha arte, porque acho que muitas pessoas não acham que os esboços possam ser eficazes e eles são muito eficazes, e isso me ajudou a provar isso".

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