A jovem detalhou como ela e seus familiares passaram por um pesadelo ao fugirem da nação de Kim Jong-Un
Em 2014 a norte-coreana Yeonmi Park escandalizou o mundo após revelar na cúpula do fórum global One Young World, em Dublin, os horrores do governo ditatorial de Kim Jong-Un.
Nascida na cidade de Hyesan, na Coreia do Norte, em 1993, Yeonmi Park conseguiu fugir do país asiático quando tinha apenas 13 anos. Atualmente, vive em Nova York e se tornou ativista pelos direitos humanos. Yeonmi Park trabalha, ainda, na organização Liberdade na Coreia do Norte, que tem como objetivo ajudar refugiados deste país.
Durante a cúpula realizada em 2014, a jovem se emocionou e sensibilizou, ainda, líderes mundiais, ao revelar todas as atrocidades a qual foi submetida quando mais nova. Segundo Yeonmi Park, na época em que vivia na Coreia do Norte, os moradores não podiam pensar, vestir o que tivessem vontade, nem ao menos cantar. Além disso, a mídia era controlada pelo governo, sendo restrito o acesso a televisão e a internet.
“Aos quatro anos, minha mãe me advertiu que nem mesmo sussurrar, que os pássaros e os ratos não deviam me escutar. Admito que acreditava que o ditador podia ler minha mente”, declarou na cúpula de 2014.
Uma de suas memórias mais marcantes se deu quando a jovem tinha apenas 9 anos. Naquela idade ela presenciou a amiga de sua mãe ser morta em praça pública, por assistir um filme de Hollywood. No entanto, nada se compara a dor que sentiu ao ver sua mãe ser estuprada. Aos 13 anos, Yeonmi Park conheceu um corretor de bolsa chinês, que a queria. Sua mãe não permitiu que o homem a levasse, portanto, ele a estuprou na frente de Yeonmi Park.
“Tem um ditado na Coreia do Norte que diz: ‘as mulheres são fracas, mas as mães são fortes’. Minha mãe permitiu que ele a estuprasse para me proteger”, disse a ativista durante a cúpula.
Sua mãe a criou praticamente sozinha, pois logo após fugirem do país, seu pai não resistiu e morreu na China. Durante o enterro tanto Yeonmi Park quanto sua mãe não choraram, pois poderiam chamar a atenção de contrabandistas.
“São nossos direitos humanos, que os ditadores norte-coreanos violaram por sete décadas. Nenhum humano merece ser oprimido por causa do seu lugar de nascimento”, desabafou a jovem no fórum global One Young World, em Dublin.
Atualmente estima-se que mais de 300 mil refugiados norte-coreanos estejam abrigados na China, sendo que 70% das mulheres, posteriormente, são exploradas sexualmente e vendidas por menos de 200 dólares. A ativista, por sua vez, luta contra este sistema opressor e busca pela liberdade e emancipação de seu povo.
Em 2016, Yeonmi Park escreveu uma autobiografia intitulada Para poder viver, onde a escritora denuncia todas as atrocidades que presenciou na Coreia do Norte, de modo que, conscientize as pessoas sobre o governo autoritário de Kim Jong-Un.
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