A obra "Maestro" conta a história de Renato, que foi diretor do MASP por mais de 50 anos e transformou o setor da arte no Brasil
Rafaela Bertolini, sob a supervisão de Isabella Bisordi Publicado em 22/09/2022, às 17h10 - Atualizado em 23/09/2022, às 15h15
Renato Magalhães Gouvêa pode não ser um nome tão conhecido, mas ele foi extremamente importante para a história da arte no Brasil. Durante quase meio século, entre as décadas de 1950 e 1990, ele apoiou artistas, realizou exposições, organizou leilões e produziu o filme "São Paulo: Sociedade Anônima', que se tornaria importante para o cinema brasileiro.
Gouvêa mudou as regras do jogo. Liderou o setor de vendas de obras de arte, estabelecendo preço, qualidade e glamour de uma forma jamais vista antes no mercado nacional, elevando o seu valor para outro nível. Foi parceiro de artistas como Pietro Maria Bardi, Lina Bo Bardi, Gilberto Freyre, Flávio de Carvalho, Sérgio Milliet, Sérgio Rodrigues, Di Cavalcanti e Luiz Sérgio Person. Ah, e não podemos esquecer de clientes, que eram os maiores colecionadores da época, Olavo Setúbal a Joseph Safra, de Valentim Diniz a Ricardo Brennand.
E agora ele tem a sua história contada no livro "Maestro", escrito pelo biógrafo Rogério Godinho, que traz muitas fotos da época e reproduções de obras de grandes artistas citados ao longo do livro. Lançado pela Editora Matrix com apoio do Banco Itaú, a obra chegou às vendas no dia 5 de setembro de 2022.
Assim, você irá conhecer um pouco mais da figura que era Renato Magalhães Gouvêa e saber como ele se tornou uma das figuras mais importantes do setor artístico brasileiro no século XX. Foi diretor do Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MASP, por mais de 50 anos e permanece até hoje, com 93 anos de idade, antenado no mercado de arte.
Confira um techo da obra "Maestro" abaixo:
Renato seguiu de tela em tela, lentamente, como se quisesse absorver sua história e seu significado profundo. Arte é conexão, a obra se comunicando com o observador, e era precisamente isso que o jovem fazia naquele momento. Buscava algo que não sabia bem o que era, talvez o conhecimento sobre o transcendente que os românticos enxergavam na arte, talvez a regra que permitiria simplesmente entender o que era um quadro bom ou um quadro ruim." (Maestro, pág.57)