"Modernidade em preto e branco" é um retrato da situação política, econômica e racial de um dos momentos mais importantes da História da Arte brasileira
Apesar de ser um dos movimentos artísticos mais importântes da História do Brasil, a Semana de Arte Moderna de 1922 é geralmente conhecida como um movimento de elite, associada a um grupo seleto de paulistanos. No entanto, o modernismo passou por diversas classes sociais, áreas geográficas e momentos importantes no país, incluindo a reinvenção do carnaval nas décadas 30 e 40 e o crescimento das novas mídias impressas e da fotografia.
Publicado originalmente em inglês pela Cambridge University Press, o livro "Modernidade em preto e branco: Arte e imagem, raça e identidade no Brasil, 1890-1945" chega traduzido ao Brasil pela Companhia das Letras em comemoração do centenário da Semana de 22. O autor Rafael Cardoso procura fazer uma releitura radical do movimento para mostrar que apesar dele ter se desenrolado em terras paulistas, o modernismo não está concentrado em apenas uma região do país.
Cardoso procura investigar o início do Modernismo no Rio de Janeiro, onde iniciou-se uma vertente inovadora e pioneira na imprensa, nas artes gráficas e na música popular. Ele também procura explicar as tensões políticas, raciais e sociais por trás do modernismo brasileiro, levantando questões sobre a sociedade para repensar sobre raça e identidade, principalmente entre os anos 1890 e 1945. Assim, ele expõe uma face carioca de um movimento conhecido até então como predominantemente paulista, com uma face influente mas obscura do Modernismo, além de abrir uma janela para o leitor compreender a primeira metade do século XX no Brasil.
O livro foi lançado no dia 28 de janeiro de 2022 e já está disponível na Amazon para ser adquirido nas versões física e eBook Kindle.