"O Diário de Myriam" regasta memórias da guerra entre 2011 e 2017 através do diário de uma criança
Diários são uma forma de documentar fases da vida e guardar memórias. Ao longo dos anos, muitos deles se tornaram famosos por registrarem, em suas páginas, períodos que marcaram a História do mundo. Escrito entre 1942 e 1944, "O Diário de Anne Frank" tornou-se uma das obras mais importantes de todos os tempos ao reunir relatos de uma jovem judia sobre a Segunda Guerra Mundial. Mais de setenta anos depois, "O Diário de Myriam" traz a perspectiva de Myriam Rawick sobre a Guerra Civil Síria, a partir de registros feitos pela garota entre novembro de 2011 e março de 2017.
Nascida em Alepo, Myriam é uma garota síria que, aos 13 anos, sonhava em ser astrônoma. Entretanto, a jovem fora impedida de realizar seu sonho devido ao conflito que lhe acerca: a Guerra da Siria. Por sugestão de sua mãe, em 2011, Myriam começou a registrar seu cotidiano para, um dia, poder se lembrar de tudo o que aconteceu.
Escrito em colaboração com o jornalista francês, Philippe Lobjois, Myriam enriquece e resgata memórias coletadas em seu diário, apresentando o cotidiano de uma comunidade de minoria cristã que sofreu com as consequências da guerra.
Alternando entre memórias do passado e do presente, a obra carrega lembranças doces e felizes de uma vida pré-guerra, e também memórias de dias doloridos, tristes e cheios de incertezas durante o conflito.
Narrada pela perspectiva de uma criança, a obra mostra toda a sua sensibilidade e preocupação com os pais, que cada vez mais ficam em alerta com as notícias da TV, as manifestações contra o governo, o sequestro de seu primo e os bombardeios que destruíram tudo o que ela conhecia.
"O Diário de Myriam" venceu o Prêmio L’Express-BFMTV 2017 na categoria Ensaios - com votação popular - e pode ser adquirido nas versões física e eBook através da Amazon.
“Meu nome é Myriam, eu tenho treze anos. Cresci em Jabal Sayid, o bairro de Alepo onde nasci. Um bairro que não existe mais.”