Mesmo variando os looks com combinações coloridas, a monarca não troca o item de mão por nada
Além de ser um símbolo político, a rainha Elizabeth II foi a principal responsável pela modernização da Família Real Britânica no século 20, adaptando as práticas formais e tornando os eventos mais acessíveis, inclusive forma de se comunicar com a população britânica. Boa parte dessa influência pode ser observada em pronunciamentos da líder inglesa, que esbanja elegância com vestimentas coloridas.
Apesar de abusar dos looks monocromáticos — combinando peças de todo o corpo com uma única cor — a rainha costuma usar vestidos e chapéus com cores vivas, mesclando entre as peças foscas e brilhantes. No entanto, um item em específico no seu vestuário pode chamar atenção pela repetição: a bolsa.
Em diversos eventos diplomáticos e comunicados, Elizabeth leva uma bolsa pequena, sendo quase uma unanimidade na cor preta, onde carrega uma série de itens curiosos. Ao longo de anos, suas amigas e funcionárias foram capazes de descrever o que está presente na principal companheira de Elizabeth em suas viagens.
A rainha não repete a bolsa em todas as ocasiões, mas uma companhia é considerada a sua favorita; a Launer, uma clássica marca londrina de bolsas de mão. De acordo com diversos portais ingleses, a monarca já adquiriu mais de 200 bolsas desde 1968, quando recebeu a primeira de presente do estilistaSam Launer. Apesar do número, ela não acumula todas, pois foi comprando e usando ao longo dos anos.
Uma exceção para a paixão é o modelo Traviata, feito inteiramente de couro e, claro, na cor preta. A bolsa costumava pertencer a linha básica da marca, mas após a revelação de que era a preferida de Elizabeth, seu valor atualmente chega a 1,9 mil libras (cerca de R$12,7 mil). Apesar do valor alto, a influência da rainha torna a bolsa uma das mais vendidas da fábrica.
Os modelos de Traviata que a monarca recebe, no entanto, são sob medida, com uma alça maior do que a comercializada — para que ela consiga alcançar os itens desejados quando apoiada no antebraço — e uma carteira exclusiva, combinando com o couro usado na bolsa. Os zíperes também são removidos na versão personalizada, sendo substituído apenas por travas de cliques frontais.
De acordo com funcionárias, dedicadas unicamente ao acompanhamento de suas atividades cotidianas, Elizabeth sempre carrega um pequeno espelho, feito sob medida pela marca da bolsa, além de um batom, óculos de leitura e uma caneta. Um dos itens mais interessantes são as balas, que costumam ser repostas com frequência — o que indica que a rainha tem o hábito de consumir doces ou presentar em encontros.
A monarca também faz questão de carregar pequenas quantias de dinheiro, evitando ultrapassar o valor de dez libras, para depositar em igrejas quando há eventos aos domingos. A família não fica de fora; sua bolsa contém fotografias de familiares e os amuletos de boa sorte dados por filhos e netos. Em ocasiões mais específicas, leva luvas extras e até um kit de costura com linhas das cores de seus trajes, para alguma emergência.
O historiador Hugo Vickers foi além, estudando os movimentos da rainha com a bolsa. Em entrevista à revista People, ele afirmou que toda vez que ela muda a bolsa do braço esquerdo para o direito, ela quer se afastar da pessoa que está mantendo contato, avisando isso para sua equipe.
Quando coloca o objeto em cima de uma mesa, significa que tem interesse de ir embora cedo. Quando o coloca no chão, quer ser levada o mais rápido possível. Mas, é precavida quando está gostando do papo; carrega sempre um gancho com uma ventosa, pendurando a bolsa na mesa de maneira que não encoste nem no tampo, nem no chão.
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