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Matérias / Titanic

Titanic: Jack seria um viajante no tempo? Entenda a teoria!

Um dos maiores filmes de todos os tempo, Titanic, já rendeu inúmeras teorias criadas por fãs; até mesmo de que Jack seria uma viajante no tempo

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 15/12/2024, às 16h00

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Jack Dawson, personagem de Leonardo DiCaprio em 'Titanic' (1997); à esquerda, Rose DeWitt Bukater, personagem de Kate Winslet - Reprodução/20th Century Fox/Star+
Jack Dawson, personagem de Leonardo DiCaprio em 'Titanic' (1997); à esquerda, Rose DeWitt Bukater, personagem de Kate Winslet - Reprodução/20th Century Fox/Star+

'Titanic' (1998), de James Cameron, é um dos grandes clássicos da história do cinema. Estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, a produção conta a história de amor entre Jack Dawson e Rose DeWitt Bukater, dois jovens de classes sociais drasticamente diferentes. 

O longa, que tem como pano de fundo o naufrágio real do transatlântico em 1912, sempre é alvo de inúmeras discussões e teorias entre os fãs. A principal delas, que muitos já estão cansados de ouvir, diz repeito a possibilidade do casal conseguir ocupar a mesma porta que foi usada apenas para Rose se salvar

+ Fim do mistério: Jack poderia ter sobrevivido na porta com Rose em 'Titanic'?

Cena icônica do filme 'Titanic', de James Cameron - Reprodução/Disney

Mas ao longo de mais de duas décadas, o filme que ganhou 11 prêmios do Oscar gerou teorias muito mais intrigantes. Uma delas aponta que, na verdade, Jack Dawson seria um viajante no tempo. Entenda! 

Anacronismo de Jack

Antes da teoria, vale enfatizar alguns pontos sobre o verdadeiro Titanic! O transatlântico de luxo tinha apenas quatro dias de viagem — partindo do porto de Southampton (na Inglaterra) com destino à Nova York (nos EUA) — quando colidiu contra um iceberg na costa de Newfoundland, na costa do Canadá, em 14 de abril de 1912

Nas primeiras horas do dia seguinte, o RMS Titanic chegou a enviar pedidos de socorro. Considerado "inafundável", o maior navio de passageiros de sua época começou a ceder e cerca de três horas após a colisão, a embarcação afundou completamente. A tragédia vitimou cerca de 1.500 pessoas

+ Titanic: As teorias infundadas sobre o naufrágio mais famoso da história

Tendo isso em mente, voltamos ao começo do filme. Para embarcar no Titanic, mesmo que nas classes mais baixas, Jack só consegue sua passagem após ganhá-la um jogo de pôquer. 

Conforme repercute a Far Out Magazine, isso não aconteceu por ele ser pobre demais, conforme seu personagem é apresentado, mas sim pelo fato de que, por ser um viajante do tempo, ele não teria o dinheiro da época para adquirir a passagem

A teoria, porém, não começa a se desenvolver a partir daí. Basta olhar para Jack. Afinal, sua aparência é bem diferente dos outros passageiros. Seu cabelo, por exemplo, muito mais despojado e 'desleixado', só se tornou popular muitos anos depois. 

Ou então pelo seu linguajar. Em certa cena, ele pede a um passageiro um cigarro para fumar e utiliza a expressão: "Can I Bum a Smoke?" ('Posso pegar um cigarro?'); que certamente não era comum naquela época.

Outro ponto que merece ser destacado é a mochila que Jack carrega, visto que o acessório só se tornou popular na década de 1930. Isso sem contar os cigarros com filtro que ele fumava, que só passaram a ser comercializados a partir dos anos 1940.

Fazer o quê? Onde?

Mas as incongruências de Jack com a época não param por aí. Chegamos a outros dois pontos fortes que ajudam a alimentar essa teoria: ele cita dois episódios que só seriam impossíveis naquele tempo!

Ao longo de Titanic, Jack compartilha com Rose detalhes sobre sua vida antes de embarcar no transatlântico. E também fantasia como seria viver experiências com ela após chegarem com segurança na costa norte-americana. 

Na noite em que eles se encontram no navio, quando Jack impede Rose de se lançar em alto-mar, ele diz que a água estaria muito fria, lembrando dos tempos em que ele pescava com seu pai no Lago Wissota. Acontece que enquanto o Titanic afundou em 1912, o lago artificial de Wissota só foi criado cinco anos depois, em 1917

Mais tarde, durante uma das cenas mais icônicas da história do cinema, quando Jack segura Rose enquanto eles olham para o oceano, o personagem de DiCaprio diz que adoraria levá-la para "andar de montanha-russa no Píer de Santa Mônica até eles vomitarem". 

A montanha-russa do Píer de Santa Mônica - Divulgação/Pacific Park

Conforme recorda o ScreenRant, porém, é verdade que o Píer de Santa Mônica já havia sido aberto ao público em 1909, portanto, antes mesmo da viagem. Mas acontece que a montanha-russa só foi instalada no local em 1916 — quatro anos após o naufrágio

A importância de Rose

Por fim, além desses pontos de contestação, a teoria explica outro ponto: a importância de Rose em toda essa história. Afinal, por qual motivo Jack acabou salvando-a? O que Rose tem de tão importante? 

A parte mais pés no chão desta teoria simplifica essas respostas: propondo que Jack voltou no tempo para salvar a vida de Rose no começo do filme. Afinal, caso ela tivesse decidido se jogar do navio, por ser uma pessoa importante de alta-classe, com certeza a embarcação interromperia seu percurso para procurá-la. Assim, possivelmente o Titanic jamais colidisse contra o iceberg; o que poderia mudar completamente os rumos da história. 

Mas alguns fãs foram além e apontaram que a vida de Rose poderia ser vital para outro filme dirigido por James Cameron: 'O Exterminador do Futuro'! Afinal, ela seria a avó de Sarah Connor, a mãe do salvador da humanidade John Connor.

Arnold Schwarzenegger em ‘O Exterminador do Futuro’ (1984) - Divulgação/Orion Pictures

Portanto, salvar Rose não significa apenas salvar o amor de sua vida, mas também a mulher que seria crucial para a história daquele que salvaria a humanidade contra a dominação das máquinas.

No entanto, vale ressaltar que se trata apenas de uma teoria criada por internautas. No final, a verdade é que Jack era um viajante humilde que embarcou no Titanic em busca de melhores oportunidades e se apaixonou por uma mulher que vivia numa realidade diferente da sua.