A trama retrata o Massacre de Mountain Meadows de 1857, onde colonos enfrentaram soldados mórmons disfarçados em um conflito brutal; saiba mais!
Na última semana, a minissérie 'Terra Indomável' estreou no catálogo da Netflix e logo no dia seguinte já passou o ocupar o topo das produções mais assistidas dentro da plataforma de streaming.
Dividida em seis episódios, a trama é uma dramatização do Massacre de Mountain Meadows, ocorrido em 1857. Nela, acompanhamos a trajetória de Sara Rowell (interpretada por Betty Glipin), uma mãe determinada que contrata um guia chamado Isaac (Taylor Kitsch) para ajudá-la a atravessar com segurança pela fronteira ocidental com seu filho, Devin Rowell (Preston Mota).
No entanto, a segurança do grupo acaba comprometida após serem atacados por soldados mórmons disfarçados de nativos americanos — que se encontram no meio de uma batalha mortal pelo controle do oeste dos Estados Unidos.
Em entrevista ao Tudum, da Netflix, o diretor Peter Berg disse se inspirou em 'Terra Indomável' após ler sobre a Guerra de Utah; um confronto entre o povo mórmon e o governo dos EUA sobre propriedade de terras que levou à matança violenta de mais de 120 colonos, conforme aponta a Smithsonian Magazine.
Já o produtor-executivo Eric Newman descreveu a produção como "um olhar anti-nostálgico e verdadeiro sobre a nossa história".
Esses óculos cor-de-rosa com os quais vemos o passado, desde o primeiro Dia de Ação de Graças em diante, são uma mentira", afirmou à Tudum. "É uma mentira para nos fazer sentir bem sobre esse caminho realmente difícil e brutal que tomamos. Acho que fazemos um desserviço a nós mesmos ao olhar dessa forma, porque isso nos impede de ver isso [acontecendo] novamente".
Embora 'Terra Indomável' seja inspirado em um evento real, o quão ela representa a verdade dos fatos? Veja tudo o que você precisa saber sobre o Massacre de Mountain Meadows e a nova produção de sucesso da Netflix!
Ainda em entrevista ao Tudum, o diretor Peter Berg explicou que começou a pesquisa sobre o assunto em meados de 2020, após ler sobre a Guerra de Utah. Embora muitos dos personagens da série e suas narrativas sejam fictícios, o Massacre de Mountain Meadows de 1857 inspirou o ataque retratado no primeiro episódio.
"Nós escolhemos isso porque havia essa intersecção entre algumas nações nativas diferentes, o governo dos EUA, os mórmons e os nativos americanos que sentiam que tinham o direito de se mover por essa área", explicou.
O Massacre de Mountain Meadows aconteceu... e se tornou, para nossos propósitos narrativos, um incidente incitante de conflito para nosso elenco de personagens".
O Massacre de Mountain Meadows aconteceu no verão de 1857, quando 140 colonos do Arkansas pegaram uma trilha, usando carroças, até a Califórnia. No caminho, eles montaram um acampamento em um vale conhecido como Mountain Meadows, aponta a Smithsonian Magazine.
Por lá, eles foram atacados por um grupo de homens com "rostos pintados" e lutaram em um cerco violento que durou cinco dias. A "trégua do conflito" só aconteceu após um 'homem' segurando uma bandeira da paz se aproximar dos colonos e dizer que o exército mórmon havia expulsado os nativos e parado com os ataques.
Assim, ele poderia escoltá-los com segurança para fora da área se eles entregassem suas armas. Mas tudo não passou de uma emboscada, e o exército mórmon atirou e matou todos com mais de 7 anos.
Por décadas, os mórmons encobriram seu envolvimento no massacre e passaram a culpar os nativos paiutes. Apesar do ataque inicial dos nativos norte-americanos, os historiadores, ao longo dos anos, passaram a estabelecer que os mórmons também tinham responsabilidade.
Apenas em setembro de 2007, 150 anos após o massacre, que igreja mórmon reconheceu formalmente seu papel nos assassinatos, aponta a revista People.
De acordo com a Smithsonian Magazine, cerca de 120 pessoas foram mortas durante o Massacre de Mountain Meadows. Apenas 17 crianças menores de 7 anos foram poupadas.
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