O monumental barco de Oseberg foi descoberto no início do século 20, em uma antiga sepultura dupla da Era Viking na Noruega; confira detalhes!
Publicado em 21/07/2024, às 08h00
Até hoje, os antigos vikings são lembrados por uma série de elementos encontrados arqueologicamente, diretamente relacionados à sua cultura. Eles eram, e são sempre lembrados, como exímios guerreiros e navegadores que viviam nas frias terras do norte da Europa.
E embora não seja sempre o mais lembrado pela cultura pop, a questão da navegação era especialmente importante para eles. Tanto que seus rituais funerários, muitos que são descobertos ainda hoje no norte da Europa, muitas vezes consistiam em sepulturas com embarcações enterradas.
Ainda no começo do século 20, uma embarcação ficou famosa, sendo encontrada por uma dupla de arqueólogos na quinta de Oseberg, na Noruega: o Barco de Oseberg. Conheça!
Segundo o Info Escola, o Barco de Oseberg foi encontrado entre 1904 e 1905 pela dupla de arqueólogos Gabriel Gustafson, da Suécia, e Haakon Shetelig, da Noruega. O barco viking em questão foi descoberto em uma sepultura dupla, onde estavam os restos mortais de duas mulheres.
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A embarcação possui cerca de 22 metros de comprimento, por 5 metros de largura. Construído em madeira de carvalho, o barco conta com um mastro de 10 metros de altura, e estima-se que ele poderia atingir velocidades de até 10 nós (cerca de 18,5 quilômetros por hora).
Ele foi construído por volta do ano 820, e foi utilizado durante muito tempo antes de ser, por fim, levado à sepultura.
"É o navio viking mais bem preservado do mundo. 90% do navio é de madeira original. Era um túmulo viking extremamente rico para duas mulheres, e todo o equipamento ainda preservado no túmulo nos deu uma visão única desse período de tempo", disse a Conselheira de Comunicações do Museu da Era Viking, Mari Parelius Wammer, ao Asgard Alaska.
Essa velocidade, surpreendente considerando que na época não existiam motores, só seria possível graças ao fato de que o barco poderia ser remado por até 30 pessoas simultaneamente, contando com 15 pares de buracos para remos.
Embora o barco facilmente se destacasse na descoberta, só estava ali por uma razão principal: um sepultamento. No local, os arqueólogos encontraram dois esqueletos de mulheres, uma das quais com cerca de 70 anos no momento de sua morte, e a outra entre 25 e 30 anos.
Devido ao tamanho do navio e o ritual de sepultamento ali identificado, os pesquisadores supõem que as duas mulheres eram figuras relevantes na comunidade em que viviam.
Vale mencionar que a sepultura já havia sido violada no passado, antes da descoberta do barco por Gabriel Gustafson e Haakon Shetelig, e por isso a maioria dos metais preciosos que poderiam ser encontrados ali foi levada.
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Porém, alguns artefatos da vida cotidiana dos antigos vikings ainda puderam ser escavados, incluindo trenós ricamente decorados, uma carroça de madeira e baús de madeira. Além disso, também havia ferramentas agrícolas, roupas e peças finas de tapeçaria.