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Matérias / P. Diddy

A Queda de P. Diddy: Saiba o que aconteceu com o rapper

A série de quatro partes no streaming traz relatos exclusivos sobre as acusações de abuso e a vida de Sean Combs, conhecido como P. Diddy

por Thiago Lincolins
tlincolins_colab@caras.com.br

Publicado em 31/01/2025, às 20h05

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Sean Combs, conhecido como P. Diddy - Getty Images
Sean Combs, conhecido como P. Diddy - Getty Images

O aguardado documentário intitulado 'A Queda de P. Diddy' estreará neste sábado, 1º de fevereiro, no catálogo da plataforma Max. A obra, que será exibida em quatro partes, promete trazer à tona relatos exclusivos e imagens inéditas que envolvem as graves acusações direcionadas a Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy ou Diddy.

A sinopse da produção destaca que os bastidores do escândalo que envolve o magnata da música revelam anos de alegações de abuso, trazendo à luz segredos que podem redefinir a imagem do artista e empresário. 

O cantor passou a enfrentar sérias acusações no ano passado nos Estados Unidos, incluindo sequestro, trabalho forçado, uso de drogas e coerção de mulheres para atividades sexuais, frequentemente sob a ameaça de violência, informa a BBC.

A mansão do artista, que já foi palco de festas glamorosas, foi invadida pela polícia, que apreendeu substâncias que supostamente seriam utilizadas em orgias conhecidas como "freak offs", incluindo drogas e mais de mil frascos de óleo corporal.

Apesar do choque com a revelação dos supostos episódios, Combs se declarou inocente das acusações. Esta batalha judicial é apenas uma das várias que o músico enfrentou ao longo do último ano, sendo alvo de diversas ações legais movidas por mulheres que alegam abuso sexual.

Denúncias

A primeira dessas alegações notáveis veio da cantora e modelo Casandra Ventura, conhecida como Cassie. Ela processou o magnata, afirmando que ele utilizou sua posição para estabelecer um relacionamento romântico e sexual manipulador. O processo inclui relatos de abuso físico e emocional, com Cassie alegando que Combs frequentemente a agredia fisicamente, resultando em hematomas e ferimentos visíveis.

As revelações sobre as festas "freak offs" – maratonas sexuais abastecidas por drogas – foram centralizadas nas alegações contra Combs. Segundo Ventura, essas situações eram filmadas para o deleite do músico. Ela também relatou casos de abuso sexual e agressões que ocorreram na presença de uma rede leal ao rapper que não agiu para interromper a violência.

Diddy
O rapper P. Diddy - Getty Images

Embora Combs tenha negado todas as acusações e rotulado Cassie como extorsionista, as partes chegaram a um acordo financeiro um dia após a abertura do processo.

Violações

Depois, outras mulheres começaram a apresentar suas próprias acusações contra Combs. Entre elas estava Joi Dickerson-Neal, que alegou ter sido drogada e violentada sexualmente por ele em 1991. Outra mulher, Liza Gardner, também fez acusações similares relacionadas a um incidente ocorrido há mais de três décadas.

Essas denúncias surgiram antes da expiração do New York Adult Survivors Act, que permitiu que vítimas de abuso sexual apresentassem processos mesmo após o término do prazo legal. Em resposta às múltiplas ações judiciais, representantes de Combs descreveram as acusações como tentativas financeiras desonestas.

Agressão

O caso se intensificou quando novas alegações surgiram em dezembro de 2023, quando uma mulher anônima acusou Combs e outros associados de tráfico sexual e violência em grupo no ano de 2003. 

Já em maio do último ano, a ex-modelo e atriz Crystal McKinney alegou que foi drogada e forçada a realizar sexo oral em um banheiro de um estúdio de gravação em Nova York, no ano de 2003. 

Dois dias após a ação movida por McKinney, uma nova queixa emergiu contra Combs. April Lampros relatou ter sofrido quatro episódios distintos de agressão sexual entre 1995 e o início dos anos 2000. Lampros narrou que conheceu o músico em 1994, enquanto era estudante no Fashion Institute of Technology. O relacionamento, que começou de maneira romântica, rapidamente se deteriorou em uma dinâmica abusiva caracterizada por coerção e violência sexual.

Em setembro, Dawn Richard, ex-integrante da banda feminina Danity Kane, também decidiu levar à justiça suas experiências com Sean Combs. Em uma ação judicial recente, Richard acusou o artista de agressões sexuais recorrentes, incluindo toques indesejados em seu corpo e abuso verbal durante seu tempo na indústria musical.

O vídeo

Em dezembro passado, um vídeo foi divulgado mostrando uma agressão física contra Cassie em um hotel em Los Angeles em 2016. Após ver as imagens, Diddy pediu desculpas publicamente por suas ações naquele dia.

A situação ressalta um padrão preocupante envolvendo o músico, cujas interações com mulheres têm sido objeto de críticas e investigações nos últimos anos. Essas denúncias vêm à tona em um momento em que questões sobre consentimento e assédio sexual são cada vez mais debatidas na sociedade contemporânea.

À medida que mais informações surgem sobre as festas organizadas por Combs – descritas pelos promotores como eventos altamente organizados com drogas ilícitas e coerção –, o músico se encontra agora sob sérias acusações criminais, incluindo tráfico sexual e associação criminosa. Se condenado, ele poderá enfrentar penas severas.

Diddy
Diddy no VMA, em 2023 - Getty Images - Getty Images

O que aconteceu com Diddy

Atualmente detido no Centro Correcional Metropolitano do Brooklyn até o julgamento marcado para maio de 2025, Combs aguarda a resolução dessas questões legais enquanto sua equipe jurídica continua a contestar as alegações.

Os advogados defendem que os eventos descritos foram consensuais e criticam as táticas dos demandantes como tentativas infundadas de ganhar dinheiro às custas da reputação do artista.