Dividido em quatro partes, série documental estreia na Max no próximo sábado, 1; mas antes, saiba 5 pontos fundamentais para entender o caso P. Diddy
Publicado em 30/01/2025, às 18h00 - Atualizado em 01/02/2025, às 14h20
'A Queda de P. Diddy', documentário dividido em quatro partes, chega ao catálogo da Max no próximo sábado, dia 1º de fevereiro. A produção apresentará relatos exclusivos e imagens inéditas envolvendo as acusações contra o magnata da música Sean Combs, popularmente conhecido como P. Diddy ou apenas Diddy.
Os bastidores do escândalo de Sean Combs, com anos de acusações de abuso, revelam segredos que redefinem o ícone da música e empresário", diz a sinopse da produção.
Antes da estreia de 'A Queda de P. Diddy', confira abaixo tudo o que você precisa saber sobre o caso envolvendo o rapper Sean Combs.
Um dos maiores ícones da música e da cultura popular, o rapper Sean "Diddy" Combs foi a celebridade mais pesquisada do Google no último ano. No entanto, o interesse por sua trajetória não está relacionado a sua carreira musical.
Afinal, assim como será detalhado do documentário 'A Queda de P. Diddy', o rapper enfrenta acusações de crimes como sequestro, tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição.
Segundo a acusação, Diddy seria o líder por trás de uma organização criminosa que abusava de mulheres há décadas. Para isso, o rapper fazia ameaças e obrigava as vítimas a participarem das chamadas 'freak-offs' — festas regadas a drogas, álcool e orgias.
As principais investigações contra Diddy começaram em março do ano passado. Na ocasião, a polícia de Los Angeles invadiu a mansão do rapper, onde foram encontrados, drogas, mil frascos de óleo de bebê (que seriam usados nas festas) e diversos outros itens.
Um dos elementos mais perturbadores apresentados pela acusação é que os envolvidos ficavam tão exaustos que precisavam de fluidos intravenosos para recuperação — visto que as maratonas sexuais podiam durar vários dias e até mesmo envolver uma equipe de limpeza.
Emily A. Johnson, uma das promotoras do caso, afirmou em uma audiência, no ano passado, que além de perigosas, as 'freak-offs' eram cuidadosamente orquestradas para que seus participantes fossem gravados em momentos explícitos e, posteriormente, esses vídeos seriam usados para chantagear as vítimas — não só garantindo seu silêncio como também suas participações em outros eventos.
Diddy também enfrentou acusações sobre um processo movido por sua ex-namorada, a cantora Cassie Ventura, que além de acusar o rapper de agredi-la, também detalhou a natureza coercitiva dos 'freak-offs'.
Durante depoimento no Tribunal Distrital dos EUA, promotores descreveram o comportamento de Diddy como abusivo e destacaram a gravidade dos crimes, incluindo suborno, trabalho forçado e posse de armas.
O magnata da música foi preso em 16 de setembro, sendo encaminhado para o Centro de Detenção Metropolitano (MDC, na sigla em inglês), localizado no Brooklyn. O local é conhecido como "o inferno na Terra".
A prisão já abrigou outros criminosos famosos, como o cantor R. Kelly, condenado por pornografia infantil e extorsão; e o magnata das criptomoedas, condenado por fraude, Sam Bankman-Fried.
Com as acusações e a prisão de P. Diddy serviu para colocar uma grande fumaça nos bastidores da indústria musical, afinal, o rapper influente na cultura norte-americana possui ligações com grandes celebridades globais; que poderiam estar envolvidas na polêmica.
Segundo o Los Angeles Times, em fevereiro, o antigo produtor de Diddy, Rodney "Lil Rod" Jones, entrou com uma ação federal contra o rapper e também contra o ator Cuba Gooding Jr. A lista de co-réus também incluem Justin Combs, filho de Diddy, e outros executivos do ramo musical.
Além disso, a internet também levantou inúmeras teorias sobre celebridades que poderiam, de alguma forma, fazerem parte do esquema envolvendo Diddy, citando nomes como Jay-Z, Beyoncé, Mariah Carey, Jennifer Lopez, Justin Bieber, Rihanna, 50 Cent, Nicki Minaj, Ashton Kutcher, Usher, entre outros.
Com as investigações rolando contra Diddy, diversos casos antigos envolvendo nomes da música foram revividos. Afinal, o rapper foi responsável por revelar grandes artistas: como Notorious BIG.
Há anos, outro rapper, 50 Cent, aponta que Diddy poderia ser responsável pela morte de BIG e também de seu rival, Tupac, conforme repercute o G1.
A suspeita também é corroborada por Mopreme Shakur, meio-irmão de Tupac. Em entrevista ao talk-show Piers Morgan Uncensored, em outubro, ele disse não acreditar que Diddy estava sendo "100% honesto" quando negou ter tido qualquer participação no assassinato de seu irmão.
Minha opinião é que não acredito que tenha sido uma declaração 100% honesta… Então, novamente, temos que descobrir o que é verdadeiro e o que é falso. O que é real e o que não é".
Algumas teorias também apontam que Diddy poderia estar envolvido até mesmo na morte de Michael Jackson por overdose e que as acusações de pedofilia contra o cantor seriam uma tentativa de incriminá-lo e desviar o foco do verdadeiro culpado.
Por fim, vale ressaltar que apesar das alegações de Diddy que teria envolvimento nas mortes de Tupac, BIG e Michael Jackson, as investigações que ocorrem são 'apenas' pelos crimes de tráfico sexual, associação ilícita e promoção de prostituição.
Sendo assim, o julgamento do rapper está marcado para ocorrer no próximo dia 5 de maio. Caso seja culpado pelas três acusações, o americano pode ser condenado à prisão perpétua.