Myra Hindley e Ian Brady, um casal de serial killers, foram responsáveis pelas mortes de mais de cinco menores de idade
Myra Hindley e Ian Brady escandalizaram o mundo após as autoridades descobrirem que foram responsáveis pelas mortes de várias crianças. Estima-se que este casal tenha feito mais de cinco vítimas, sendo que quatro delas foram abusadas sexualmente e uma o corpo nunca foi encontrado.
Myra Hindley teve uma juventude aparentemente normal e sempre demonstrou ser uma menina tranquila. Já Ian Brady desde muito cedo demonstrava ser um menino rebelde, até que aos 15 anos passou a se isolar das pessoas e buscar refúgio em biografias de Adolf Hitler e do Marquês de Sade.
O casal de serial killer se conheceu em 1961, em Manchester. Em seu diário, Hindley revelou que a paixão foi imediata e que para conquistar Brady, ela descoloriu o cabelo de loiro para atingir a perfeição ariana que o namorado estimava. Com o passar do tempo a relação foi ficando cada vez mais conturbada, até que Brady sugeriu que eles deveriam cometer um assassinato.
Em 1963, o casal fez a sua primeira vítima chamada Pauline Reade, de 16 anos. Hindley ofereceu uma carona a garota, e a levou para o pântano de Saddleworth, onde Brady a violentou sexualmente e posteriormente a degolou.
Poucos meses depois Hindley avistou em um supermercado a próxima vítima, um garoto de 12 anos chamado John Kilbride. A assassina o atraiu até o pântano, onde seu parceiro estuprou a criança por horas. Brady se encarregou de matá-lo e seu corpo foi enterrado em Saddleworth, ao lado de Reade.
Um ano depois, enquanto Hindley dirigia pelo centro de Manchester, Brady pediu para estacionar o carro e forçou Keith Bennett, de 12 anos, a entrar no veículo. Novamente o casal levou a vítima ao pântano, onde repetiram os crimes da mesma forma.
Já em dezembro de 1964, forçaram Lesley Ann Downey, de apenas 10 anos, a tirar fotos íntimas com Brady. Após horas de tortura, o casal a matou e a enterrou no pântano.
No dia 2 de outubro de 1965, a dupla assassinou sua última vítima, chamada Edward Evans, de 17 anos, que haviam seduzido em um bar. Na ocasião, David Smith, cunhado de Myra, apareceu de surpresa e no dia seguinte denunciou o crime às autoridades.
Segundo os escritos encontrados no diário de Hindley, a serial killer se excitava sexualmente com os estupros de Brady. Em depoimento ela disse, ainda, que a motivação do casal era o desejo de cometer o crime perfeito.
O casal foi condenado à prisão perpétua pelos assassinatos e Brady, posteriormente foi diagnosticado com psicopatia. Considerado um risco para a sociedade, em 1985 foi encaminhado a um hospital de alta segurança. Hindley morreu em 2002, aos 60 anos, enquanto Brady veio a falecer em 2017, aos 79 anos.