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Matérias / Estudo

O estudo que desvendou a violenta morte de um jovem há mais de 700 anos

Em 2023, pesquisadores chamaram atenção ao solucionar o enigma por trás da morte violenta de um jovem há mais de 700 anos

Redação Publicado em 01/01/2025, às 10h00

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Registros do estudo - Stefano Ricci/Universidade de Siena
Registros do estudo - Stefano Ricci/Universidade de Siena

Uma equipe de pesquisadores da Itália chamou atenção ao aplicar técnicas forenses avançadas para elucidar um caso de assassinato que remonta a mais de 700 anos. O estudo, divulgado em 2023, revelou que a vítima, um jovem entre 19 e 24 anos, foi fatalmente atacado com quatro golpes de espada.

Os cientistas utilizaram uma variedade de ferramentas tecnológicas, incluindo escaneamento em raios X em 3D, tomografia computadorizada e microscopia digital de alta precisão. Essas abordagens permitiram uma análise detalhada dos eventos que levaram à morte do jovem medieval.

A análise aprofundada não apenas determinou a faixa etária da vítima, mas também forneceu percepções sobre seu estilo de vida. A musculatura do jovem, similar à de arqueiros, sugere que ele pode ter sido um caçador desde cedo. Além disso, uma cicatriz na testa indica uma experiência prévia em combate ou guerras.

O uso de tecnologia avançada possibilitou a criação de um modelo virtual do crânio da vítima, o que ajudou os investigadores a reconstruir a sequência dos eventos que culminaram em sua morte.

A morte violenta

A análise das feridas indicou que o primeiro golpe ocorreu na parte superior da cabeça, provavelmente enquanto a vítima tentava se defender com um escudo.

Após esse primeiro ataque, o jovem parece ter tentado se afastar do agressor. Contudo, foi atingido novamente por trás, próximo à orelha.

Um terceiro golpe o atingiu na nuca, levando-o à perda de consciência. Finalmente, um quarto golpe, mais profundo e fatal, foi desferido na parte posterior da cabeça, confirmando a intenção homicida do atacante.

O esqueleto foi descoberto em 2006 na igreja de San Biagio, localizada em Cittiglio, uma pequena cidade na província de Varese, no norte da Itália. Na época da descoberta, algumas das lesões já haviam sido identificadas, mas o caso permaneceu sem resolução até a pesquisa em questão.

A igreja

Estudos indicam que as partes mais antigas da igreja datam do século VIII; no entanto, o corpo da vítima foi encontrado em uma tumba construída posteriormente no século XI. A datação por radiocarbono sugere que ele foi sepultado antes de 1260 d.C.

A busca por registros históricos a fim de identificar a vítima não resultou em sucesso. Contudo, o enterro elaborado sugere que ele poderia ter pertencido à influente família De Citillio, responsável pela fundação da igreja local.