Em viagem aos EUA, o monarca foi o primeiro líder brasileiro a ganhar prestigio nas terras internacionais
Dom Pedro II foi o primeiro líder brasileiro a viajar aos Estados Unidos e ganhar os corações dos yankees. Nosso monarca fez uma longa visita ao país em 1876, quando seu carisma fez com que os americanos gostassem muito de sua presença, a ponto de ter ganhado vários votos na eleição seguinte ao ocorrido.
O momento foi significante. Não só era a primeira viagem de um governante brasileiro aos EUA, como também foi a primeira vez que um monarca em poder pisava na pioneira das Repúblicas modernas.
Não se tratava de uma visita oficial, mas mais uma das viagens curiosas do Imperador. Mesmo assim, a jornada foi cheia de compromissos. Lá conheceu diversas instituições, desde escolas, fábricas e até prisões. Por onde passava, Pedro gerava facínio. A parada mais agitada, sem dúvida, foi a inauguração da Exposição Universal da Filadéllfia, temática dos 100 anos de independência do país, que Pedro II acompanhou, interessado.
A relação dócil entre Pedro II e os americanos culminou numa situação, no mínimo, engraçada: o Imperador ganhou uma candidatura — simbólica — à presidência. No ano de sua viagem, 1876, haveria campanhas presidenciais para a eleição do ano seguinte.
Em meio à euforia da presença do adorado Pedro II, um homem escreveu à The New York Herald uma piada em que lança a chapa de Dom Pedro II para presidente, e Charles Francis Adams, descendente do pai da pátria John Adams, para vice. A ideia era clara na mensagem: o povo estava cansado de pessoas comuns e queriam seguir em frente com outro estilo.
Segundo o jornalista Sebastião Salgano, Pedro II teria realmente recebido votos nas cédulas da eleição. Pedro teria, segundo o entusiasta da monarquia, milhares de votos na Filadélfia, onde ganhou mais apoio dos estadunidenses.
A viagem de Pedro II foi rapidamente esquecida nos EUA, assim como a piada de sua candidatura. Porém, para Dom Pedro, algumas coisas vistas nos EUA não perderiam seu gosto nunca mais.
Um grande exemplo foi a euforia causada no monarca pela invenção de Graham Bell, conhecida na Exposição da Filadélfia. Ao voltar para o Brasil, Pedro trouxe exemplares do telefone. Ele teria também ganhado inspirações no sistema público de educação nos EUA, mesmo que esta tenha sido deficitária durante toda a História do Império, ou mesmo da maior parte da República.
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