O serial killer matava prostitutas alegando ser uma "missão divina"
No final dos anos 70, o norte da Inglaterra foi aterrorizado pelo serial killer e maníaco sexual, Peter Sutcliffe, mais conhecido como Estripador de Yorkshire. Suas principais vítimas foram prostitutas, contabilizando ao todo a morte de 13 mulheres. Na época, as investigações sobre os seus crimes foram duramente criticadas pela imprensa e o ajudaram a mantê-lo impune por anos.
Peter Sutcliffe foi criado em um ambiente religioso em Bingley, na Inglaterra. Desde criança já era reservado e faltava às aulas para não ter que interagir com outras pessoas. Em casa, era mais próximo de sua mãe, já o seu pai era ausente.
Os crimes começaram logo após um término conturbado, cujo rapaz descobriu uma traição de sua companheira. Anos depois se casou com a mesma mulher e passou a cuidar da sua saúde mental de sua esposa, que foi diagnosticada com esquizofrenia.
Em 1975, Sutcliffe cometeu o seu primeiro assassinato, utilizando uma faca e uma chave de fenda. Rapidamente surgiram vários relatos de mulheres que haviam sido atacadas por um homem nas mesmas condições, que logo ficou conhecido pela imprensa como o Estripador de Yorkshire.
A conduta da polícia de West Yorkshire foi duramente criticada por tratarem com negligência este caso que envolvia o assassinato de prostitutas. Somente após a morte de uma jovem de 16 anos de classe média alta e sob a pressão da imprensa que as autoridades começaram a dar a devida importância para o caso.
Em 1981 foi detido pelo assassinato de 13 mulheres e quatro tentativas de homicídio. Durante o julgamento, Peter revelou que ouvia vozes em sua mente e que tinha sido enviado por Deus para cumprir a missão de assassinar dezenas de mulheres, para purificar a Terra. Após as declarações, o consideraram culpado e o Estripador de Yorkshire foi condenado a 20 prisões perpétuas.
Veja a seguir alguns dos casos mais famosos do Estripador de Yorkshire:
1. Anna Rogulskyj
Anna Rogulskyj, 36 anos, foi à primeira vítima confirmada de Sutcliffe. No dia 5 de julho de 1975, o estripador a atingiu na cabeça e cortou sua barriga. Apesar do ataque, Rogulskyj sobreviveu, mas o maníaco conseguiu fugir.
2. Olive Smelt
Sutcliffe atacou Olive Smelt, 46 anos, do mesmo modo que Anna Rogulskyj, mas dessa vez perfurou as nádegas da vítima. Novamente ele foi interrompido. Smelt sobreviveu ao ataque, mas desenvolveu depressão logo após o atentado.
3. Wilma McCann
Wilma McCann, 28 anos, foi a primeira vítima fatal do maníaco de Yorkshire, em 30 de outubro de 1975. Sutcliffe a golpeou com um martelo na cabeça, antes de esfaqueá-la 15 vezes no pescoço, tórax e abdômen. Vestígios de sêmen foram encontrados em suas partes intimas, indicando sinais de abuso sexual.
Cerca de 150 policiais foram envolvidos no caso e 11.000 interrogatórios foram feitos, mas sem sucesso. McCann quando morreu deixou quatro filhos órfãos. Anos depois, uma de suas filhas suicídou-se.
4. Emily Jackson
Em 1976, ele esfaqueou 51 vezes a dona de casa Emily Jackson, 42 anos. Na época, a mulher estava passando por dificuldades financeiras e acabou entrando para a prostituição. O maníaco cometeu o crime da mesma forma que os anteriores e saiu impune.
5. Jean Jordan
Em 1 de outubro de 1977, Sutcliffe assassinou a prostituta Jean Jordan, 20 anos. Seu corpo foi encontrado somente dez dias depois. Anos mais tarde, Sutcliffe confessou que percebeu que uma nota de libras que ele tinha dado a ela poderia ser rastreada.
Após o crime, ele voltou para o terreno baldio — localizado no cemitério ao sul de Manchester — em que havia deixado seu corpo. Ele afirmou que tentou remover a cabeça da vítima, com um painel de vidro quebrado e uma serra elétrica, como forma de despistar a polícia.
6. Yvonne Pearson
Em janeiro de 1978, a prostituta, Yvonne Pearson, 21 anos, foi assassinada por Sutcliffe. Seu corpo foi encontrado semanas depois embaixo de um sofá no lixo.
7. Josephine Whitaker
Em 4 de abril de 1979, Sutcliffe matou a funcionária do banco local , Josephine Whitaker, 19 anos. Ele a atacou enquanto a vítima voltava para casa. Mesmo após novas provas concretas, a polícia deixou o caso de lado e somente anos mais tarde retomaou as investigações.