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Vitrine / Brasil

Voo TAM 3054: o acidente aéreo que deixou a nação de luto

Ocorrida em 2007, no Aeroporto de Congonhas, a tragédia matou 199 pessoas

Victória Gearini Publicado em 15/03/2020, às 21h35

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Avião da TAM em chamas após o acidente aéreo - Wikimedia Commons
Avião da TAM em chamas após o acidente aéreo - Wikimedia Commons

A tragédia do vôo TAM 3054 aconteceu no dia 17 de julho de 2007, no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. O episódio acabou matando mais de 100 pessoas, tornando-se um dos maiores acidentes aéreos da história do Brasil. 

Com 181 passageiros a bordo e seis tripulantes, o avião partiu do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, com destino final para São Paulo, no Aeroporto de Congonhas. No entanto, não conseguiu concluir seu trajeto, marcando assim a história do país. 

Dias antes do ocorrido, outros pilotos apontaram falhas na pista e irregularidades que estavam atrapalhando na hora de fazer os pousos. Quase um ano antes, no dia 24 de julho de 2006, um Boeing 737 da BRA Transportes Aéreos deslizou sobre a pista, logo depois de pousar. Graças a uma manobra feita pelo o piloto, a aeronave não caiu na avenida Washington Luis.

Mesmo após todos os avisos, nada foi feito para prevenir o que aconteceria posteriormente. Na noite do dia 17 de julho de 2007, a aeronave TAM 3054 foi autorizada a pousar em Congonhas na pista 35L. Segundo testemunhas oculares e imagens capturadas pelas câmeras de segurança do aeroporto, o avião não diminuiu a velocidade após tocar a pista, atravessando o local numa velocidade média de 90 nós (170 quilômetros por hora). 

Escombros do voo TAM 3054 / Crédito: Wikimedia Commons

A aeronave acabou invadindo o gramado e o pátio de manobras do Aeroporto de Congonhas. Posteriormente, deslizou sobre o local e saiu das delimitações, invadindo avenida Washington Luis e colidindo com o edifício da TAM Express. 

Por ser uma região muito movimentada, acabou atingindo pessoas em solo, contabilizando 12 mortos e 13 feridos. Entre os passageiros e a tripulação, ninguém sobreviveu. Logo após o acidente, autoridades encontraram a caixa preta da aeronave, revelando que teria sido possível o avião completar o trajeto dentro dos limites do local com pouca velocidade, caso o piloto tivesse se atentado ao aviso sonoro que desativaria o sistema autothrust.

Por meio do relatório final divulgado pela perícia, em 2009, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão filiado à Força Aérea Brasileira, concluiu que o acidente foi responsabilidade do piloto que errou ao configurar irregularmente os manetes. Além disso, apontaram irregularidades na pista, como a falta de groovings (ranhuras, em tradução livre) e autonomia excessiva utilizada nos computadores do TAM 3054. 

Bombeiros procurando as vítimas do acidente nos escombros / Crédito: Wikimedia Commons

Em 2011, o procurador da República Rodrigo de Grandis denunciou o então diretor de segurança de voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro; o então vice-presidente de operações da aérea, Alberto Fajerman; e Denise Abreu, a ex diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

No entanto, em 2014, o MPF decidiu absolver Fajerman das acusações, pois segundo as autoridades, não haviam provas suficientes para a condenação. A Procuradoria pediu a prisão de Denise Abreu e Marco Aurélio por homicídio doloso — quando há intenção de matar — por considerar que assumiram os riscos ao colocarem uma aeronave em uma pista irregular.  

Em 2015, no entanto, o MPF recorreu após o juiz Márcio Assad Guardia inocentar os três réus. De acordo com o relatório, o acidente teria ocorrido independentemente das condições climáticas, pois o manejo dos manetes estavam irregulares.  

Na época do acidente, o até então presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou três dias de luto nacional. O caso foi, ainda, manchete de diversos jornais internacionais. Por anos, essa tragédia foi considerada como a pior, e somente em 2015 foi ultrapassada pelo voo Metrojet 9268, que deixou 221 mortos.


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