Dalmo faleceu nesta sexta-feira, 8, em São Paulo
O Brasil perdeu um de seus maiores juristas nesta sexta-feira, 8. Uma nota divulgada pela família de Dalmo Dallari, que faleceu aos 90 anos, revelou que a morte se deu por insuficiência respiratória.
O comunicado enfatiza que o jurista deixou a esposa, sete filhos, 13 netos e dois bisnetos. Também é destacado que Dallarideixa "várias gerações de alunos e seguidores, aos quais se dedicou em mais de 60 anos de magistério e atuação na promoção dos direitos humanos".
Professor emérito na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, Dalmo nasceu em Serra Negra. Após se formar, no ano de 1957, passou a atuar na instituição em 1964.
A Faculdade de Direito da USP lamentou o falecimento de Dalmo através de uma nota.
Dalmo era amado por seus amigos de docência e alunos. Nos bancos das salas de aula transmitia seu saber com seriedade, de forma que todos, tanto na Graduação quanto na Pós-Graduação, adquirissem o conhecimento com mais facilidade", declara a instituição em nota.
Dallari também carregou em sua trajetória a presença na oposição contra a ditadura militar instaurada no Brasil. Foi ele quem auxiliou na organização na Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de SP, de extrema importância para aqueles que foram perseguidos e seus familiares durante a ditadura. Ao mesmo tempo, também teve sua história eternizada por ajudar os opositores do período.
Já no meio jurídico, Dallari atuou como um dos mais importantes profissionais. Ele era especialista no que se refere ao Direito Constitucional do Brasil. Atuando na área, Dalmo defendia os direitos humanos e também a garantia do Estado de Direito.
Dallari também é autor de obras como 'O que são direitos da pessoa' (1981) e 'A constituição na vida dos povos: da idade média ao século XXI' (2010).
Na USP, Dallari não só exerceu o cargo de professor titular - em 1974 e 1986 - mas também diretor até 1990.