O vocalista do Queen teve de ser direto e falar sobre a doença quando perguntado
Com uma marcante presença de palco e extensão vocal, Freddie Mercurymarcou a história do rock mundial como vocalista do Queen, sendo um símbolo mundial de energia e festa durante os anos 1980. A interrupção do êxtase do “Mr. Fahrenheit”, no entanto, ocorreu em 1987, quando o astro foi diagnosticado como portador do vírus HIV.
Mesmo após a descoberta, o cantor escondeu a doença de pessoas próximas, restringindo a informações apenas para amigos inteirados no assunto, como Elton John, que era publicamente conhecido por amparar Ryan White — garoto americano expulso da escola por ter contraído HIV após tratamento com sangue — anos antes da notícia.
No livro 'O amor é a cura: Sobre vida, perdas e o fim da AIDS', John relatou a vontade do bigodudo em prosseguir as atividades sem levantar desconfianças: “Eu sabia exatamente o que iria acontecer com Freddie. Mas ele era extremamente corajoso. Manteve sua agenda e seguiu se apresentando com o Queen. Ele continuava aquele cara engraçado, a pessoa generosa que sempre foi”.
Próximo do estágio final
Antes de tratamentos comprovadamente capazes de retardar o avanço da imunodeficiência, o diagnóstico de AIDS era tratado como um sinônimo de morte — e Freddie acatou o veredito. Em entrevista rara, feita pelo jornal britânico Express, o cunhado do cantor, Roger Cooke, revelou como o vocalista do Queen externou a notícia trágica aos parentes.
De acordo com ele, Mercury não disse diretamente que tinha o vírus HIV, mas fez questão de deixar claro que sofria uma enfermidade terminal: "Nós gradualmente ficamos conscientes que ele tinha uma doença, mas nós não tínhamos ideia do que era ou o quão grave era [...] Então, em agosto de 1990, Kash [irmã de Mercury] e eu vimos uma marca no pé dele. Era um sarcoma de Kaposi [lesão causada por câncer de pele]".
Perguntado sobre a lesão, Mercury afirmou que as dores frequentes relatadas e a dificuldade de realizar ações cotidianas eram consequências de uma inevitável doença: "Vocês têm que entender que o tenho é terminal. Eu vou morrer", acrescentou o músico, de acordo com Cooke.
Entendendo a doença
A notícia subliminar foi entendida com confusão pelos familiares, porém, uma música composta por Freddie auxiliou na descoberta: "Nós não compreendemos imediatamente. Nós estávamos dirigindo, eu coloquei uma fita cassete e de todas as coisas havia ele cantando 'Who Wants To Live Forever' [Quem Quer Viver Para Sempre, em tradução livre]. Isso, de repente, trouxe para casa o significado do que ele tinha falado".
Nos anos seguintes — já com a agenda de festas e shows encerrados — o músico optou por gravar o máximo de músicas com seu grupo enquanto conseguiu, posteriormente optando pela reclusão na lendária mansão Garden Lodge, junto de seu companheiro Jim e, em visitas frequentes, de sua ex-noiva Mary Austin.
A doença só foi revelada publicamente um dia antes de sua morte, quando não apenas explicou a gravidade do diagnóstico, como orientou os fãs e médicos por todo o mundo a ajudarem no combate ao preconceito e na busca pela cura. Freddie Mercury faleceu em 24 de novembro de 1991, aos 45 anos, vítima de uma broncopneumonia intensificada com os problemas da AIDS.
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