Produtores que trabalharam com Gal afirmaram que a esposa da cantora prejudicou sua carreira
A empresária Wilma Petrillo é acusada por pessoas próximas e ex-funcionários da cantoraGal Costa (1945-2022) de envolvimento em golpes, hostilização de vítimas e endividamento da artista desde que assumiu a administração de sua carreira. Um dos conflitos veio à tona após a morte de Gal, quando Wilma a enterrou em um cemitério distante da família da companheira.
Uma reportagem da revista Piauí, publicada em julho, trouxe depoimentos de 13 pessoas envolvidas no caso. Segundo os entrevistados, Wilma foi responsável por impedir que a renomada ícone da MPB se apresentasse em locais prestigiados, além de ser acusada de aplicar golpes milionários. Testemunhas afirmam que a empresária acumula dívidas astronômicas, inclusive no exterior, por não pagar impostos devidos.
Gal e Wilma se conheceram na década de 1990, durante um voo para Nova York, e desde então passaram a viver juntas discretamente. O médico Bruno Prado, que as conheceu nesse período, foi uma das vítimas financeiras e psicológicas da viúva. Ele alega que Wilma solicitou um empréstimo de R$ 15 mil para uma cirurgia, mas só efetuou o pagamento após inúmeras ameaças.
Prado, que é homossexual e temia revelar sua sexualidade à família naquela época, afirma ter sido hostilizado por Wilma ao cobrar o dinheiro emprestado. A empresária teria ameaçado expor seu "segredo" caso ele persistisse na cobrança. Apreensivo, o médico decidiu se mudar para os Estados Unidos, onde sofreu ainda mais ameaças de morte.
O produtor Ricardo Frugoli revelou que Wilmaprejudicou a carreira de Gal, ocultando convites para shows na América do Norte e na Europa. Nos bastidores dos shows de Gal, também eram frequentes relatos de furtos de pertences dos funcionários, brigas, humilhações, bullying e assédio moral por parte de Wilma.
Outro produtor, Rodrigo Bruggermann, enfrentou uma série de dificuldades com Wilma Petrillo, resultando em um prejuízo que ultrapassou a marca de R$ 1 milhão. O prejuízo ocorreu após a empresária assinar um contrato no valor de R$ 700 mil, mas não cumprir com as obrigações acordadas, além de reter indevidamente R$ 560 mil dos lucros, segundo o Notícias da TV.
"Além de ser grosseira, ela fazia mudanças de última hora e aplicava taxas surpresa. Wilma sempre dizia que a agenda da Gal estava apertada", acusou Bruggermann.