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Warfare: Internautas detonam filme que retrata a invasão do Iraque pelos EUA

Com lançamento marcado para o próximo ano, Warfare, filme que retrata a invasão do Iraque pelos EUA, enfrenta críticas nas redes sociais

por Thiago Lincolins
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Publicado em 17/12/2024, às 21h30

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Cena do filme Warfare - Reprodução/Vídeo/Youtube
Cena do filme Warfare - Reprodução/Vídeo/Youtube

Foi lançado na última segunda-feira, 16, o primeiro trailer oficial de "Warfare", um filme que promete levar os espectadores a uma imersão profunda na Guerra do Iraque, sob a ótica dos SEALs da Marinha dos Estados Unidos.

O filme é co-dirigido por Alex Garland, que se une ao supervisor militar Ray Mendoza, conhecido por seu trabalho no aclamado "Guerra Civil".

A sinopse descreve um filme com "uma história visceral e pé no chão sobre a guerra moderna, contada como nunca: em tempo real e baseada na memória das pessoas que a viveram."

Warfare
Cena do filme Warfare - Divulgação

Para garantir maior veracidade à trama, os atores participaram de um treinamento militar em um acampamento similar ao dos SEALs da Marinha, buscando aprimorar suas performances e trazer uma representação mais fiel da vida militar.

O elenco conta com nomes notáveis, como Noah Centineo, Taylor John Smith, Adain Bradley, Michael Gandolfini, Henrique Zaga, Joseph Quinn, Kit Connor, Cosmo Jarvis e Will Poulter.

A expectativa em torno do filme cresce à medida que mais informações são divulgadas, no entanto, o longa-metragem foi alvo de críticas no X, antigo Twitter. Isso porque muitos internautas questionam se o filme, de fato, vai mostrar os dois lados da invasão dos EUA no Iraque.

"Assisti ao trailer de 'Warfare', diga-me quem diabos precisa de outro filme sobre a perspectiva heroica dos EUA sobre as atrocidades que cometeram no Iraque", publicou um internauta em inglês. "Eu estou tão enjoado desses filmes. A América invadirá seu país, massacrará seu povo e, anos depois, fará um filme sobre como eles são as vítimas", escreveu outra conta.

Embora não existam maiores detalhes sobre a trama, muitos temem que o longa possa focar apenas no lado "heroico" dos combatentes dos EUA. Assim, inúmeras críticas foram deixadas na publicação oficial do trailer na conta da A24 no X.

"Quando os EUA não estão bombardeando ou invadindo um lugar, eles adoram fazer jogos e filmes sobre isso", comentou outra conta. "Engraçado, destruiu um país baseado em uma mentira, aterrorizou seu povo e agora você está romantizando o seu terrorismo", escreveu um internauta.

"Mesmo com uma leitura generosa das intenções do(s) cineasta(s), estas questões permanecem: Por que fazer um filme de guerra agora? Que lições você espera que o mundo tire disso quando o seu governo está financiando ativamente outra guerra que está destruindo milhões de vidas e você não fez nada para impedi-la?", postou uma conta.

Outros questionam se o filme abordará episódios como o massacre ocorrido em novembro de 2006, quando fuzileiros navais americanos foram acusados de matar 24 civis na cidade de Haditha. "Este filme incluirá o massacre de Haditha e quais tropas serão presas por isso? Oh não, isso é apenas mais uma besteira em relação ao filme americano? Ótimo, não temos o suficiente disso".

A invasão

Em março de 2003, o mundo assistiu ao início de um dos conflitos mais controversos do século XXI: a Guerra do Iraque. Comandadas pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido, as forças militares desses países justificaram a intervenção militar com a alegação de que o regime de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa.

A operação, conhecida como Operação Liberdade Iraquiana, começou com uma intensa campanha de bombardeios sobre o território iraquiano. Contudo, após a ocupação das principais cidades do país, a comunidade internacional se deparou com uma revelação surpreendente: as temidas armas nunca foram encontradas.

Essa descoberta levou os governos dos EUA e do Reino Unido a reconhecer que as afirmações feitas por Saddam Hussein sobre a inexistência de tais armamentos estavam corretas, desmascarando o principal fundamento da invasão.

O conflito se estendeu por oito anos, encerrando-se oficialmente em 2011 com a retirada das tropas americanas. Durante esse período, várias manifestações contrárias à guerra emergiram globalmente, refletindo o descontentamento de muitos diante da intervenção militar.

As repercussões da guerra foram significativas. O vácuo de poder resultante da queda de Saddam Hussein favoreceu o surgimento e fortalecimento de grupos armados que são considerados terroristas por diversas nações ocidentais. Além disso, o sentimento antiocidental se intensificou entre amplas camadas da população árabe e muçulmana.