Empresa norte-americana deixou o país após invasão à Ucrânia, mas rede de fast-food não foi abandonada
Com o início da invasão da Rússia à Ucrânia, diversas empresas passaram a se retirar do país comandado por Vladimir Putin, o que inclui a rede de fast-food McDonald’s. Entretanto, no último domingo, 12, os restaurantes voltaram a operar no país.
Com o slogan: “o nome muda, mas o amor permanece”, os restaurantes foram rebatizados de "Vkusno & tochka" ("Delicioso. Ponto Final") por seu novo dono, Alexander Govor, um empresário russo que já operava, desde 2015, mais de 25 franquias da rede norte-americana em cidades da Sibéria.
Mas, obviamente, não foi só o nome do restaurante que mudou, o logotipo dos arcos dourados deu espaço a duas listras estilizadas na cor laranja que representam duas batatas fritas. Do lado inferior esquerdo ainda há um ponto vermelho.
Já no cardápio, alguns itens que tinham nome com referência ao McDonald’s também foram alterados, como o McFlurry e o Big Mac. Os preços também sofreram um pequeno aumento, devido à inflação na Rússia. Entretanto, Oleg Paroyev, novo CEO do grupo que comprou os restaurantes, afirma que os valores continuarão “acessíveis”.
Tentamos fazer de tudo para que nossos clientes não percebam nenhuma diferença, nem no ambiente, nem no sabor, nem na qualidade", completou em entrevista à AFP.
De acordo com Alexander Govor, os 51 mil ex-funcionários que tinham seus empregos ameaçados com a saída da empresa do país poderão respirar aliviados, visto que seus cargos serão mantidos.
Ele ainda se diz esperançoso com a prosperidade do negócio. “Esperamos que o número de clientes não diminua, e sim que aumente. Ainda mais agora que é uma empresa totalmente russa".
"Estou muito orgulhoso de ter recebido a honra de desenvolver esta empresa. Sou ambicioso e planejo não apenas reabrir os 850 restaurantes, como também desenvolver outros novos", completou.
Além da unidade que reabriu na Praça Pushkin, em Moscou, outras 50 unidades deverão voltar a operar no dia de hoje, 13. A expectativa é que, a cada semana, entre 50 e 100 unidades retomem suas atividades sob nova direção.