Pesquisadores possivelmente desenterraram vestígios de vila que foi soterrada sob as cinzas da erupção do vulcão Vesúvio em 79 d.C.
Escavações conduzidas por arqueólogos da Universidade de Tóquio em Somma Vesuviana, próxima ao Monte Vesúvio, na Itália, possivelmente desenterraram vestígios da villa de Augusto, onde se presume que o primeiro imperador romano, tenha sido sepultado.
A descoberta, anunciada em comunicado no último dia 17, se confirmada, promete fornecer novas informações sobre a villa de Augusto, que foi sepultada sob as cinzas da erupção catastrófica do vulcão Vesúvio em 79 d.C. As informações são do portal Galileu.
O Projeto Somma Vesuviana, da Universidade de Tóquio, tem buscado evidências dessa ocupação na região desde 2002. Inicialmente, acreditava-se que os vestígios de um edifício encontrados no local pertenciam à villa de Augusto. Entretanto, datações mais recentes revelaram que as ruínas datam do século 2, após a erupção de 79 d.C.
Os arqueólogos então escavaram uma camada mais profunda e descobriram uma construção mais antiga, datando de um período anterior. Datação por radiocarbono e análises físicas e químicas das pedras vulcânicas que cobrem o edifício indicam que ele estava ativo na primeira metade do século 1 e foi afetado pela erupção.
Após a erupção de 79 d.C., o local foi soterrado e suas paredes desmoronaram, sugerindo a chegada de densos fluxos de lava ao redor do Monte Vesúvio imediatamente após a erupção.
Para alcançar esses resultados, foram examinados materiais coletados dos vestígios de uma estrutura similar a um "forno", geralmente associada a uma "casa de banhos" privativa, descoberta durante as escavações em 2023.
Também a arquitetura do local sugere que ele pertencia a um indivíduo de alto status na sociedade romana e foi abandonado logo após a morte de Augusto. Há indícios de que o edifício foi posteriormente reutilizado como armazém após sua desocupação.