Filmagem foi postada em canais russos no Telegram e autoridades afirmam ter identificado agressor
Um vídeo que supostamente mostra um soldado russo castrando um prisioneiro ucraniano vem causando horror nas redes sociais e foi comentada internacionalmente por vários analistas, que expressaram sua indignação.
A filmagem havia sido postada em canais russos no aplicativo Telegram, mas logo se espalhou para as plataformas ocidentais e ainda não teve sua autenticidade verificada de forma independente pelos principais jornais do mundo.
Segundo informou o UOL, é possível ver a vítima deitada, que tem a cabeça chutada pelos russos enquanto permanece com as mãos amarradas nas costas. O ucraniano ainda parece ter o órgão genital cortado pelos agressores.
Já o jornal britânico The Guardian acrescentou que relatórios sugerem que o indivíduo foi posteriormente assassinado após a agressão, mostrada no vídeo cuja proveniência e data são desconhecidas.
A ONG Myrotvorets e outras fontes ucranianas alegam ter identificado o russo responsável pela castração — o homem que segura a faca no vídeo. Ele seria um combatente de 39 anos de Kalmykia, região da Rússia no Mar Cáspio.
O indivíduo seria ainda integrante do grupo armado Luhansk Bryanka-SSSR, pró-Putin, cuja reputação é de grande violência.
Ao The Guardian, a diretora da Anistia Internacional para a Europa Oriental e Ásia Central, Marie Struthers, disse que a gravação “foi mais um aparente exemplo de completo desrespeito pela vida e dignidade humana na Ucrânia cometido pelas forças russas”.
“Todos os suspeitos de responsabilidade criminal devem ser investigados e, se houver provas suficientes admissíveis, processados em julgamentos justos perante tribunais civis comuns e sem recurso à pena de morte”, acrescentou.
Pelo Twitter, o conselheiro presidencial ucraniano Mykhailo Podolyak escreveu: “Todo o mundo precisa entender: a Rússia é um país de canibais que gostam de tortura e assassinato. Mas o nevoeiro da guerra não ajudará a evitar a punição dos carrascos. Identificamos todos. Vamos pegar todos.”
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