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Notícias / Victoria Roshchyna

Victoria Roshchyna: Jornalista ucraniana morre em prisão russa

Victoria Roshchyna, de apenas 27 anos, havia desaparecido em agosto do ano passado, durante uma missão em território ucraniano ocupado pela Rússia

Redação Publicado em 14/10/2024, às 10h30

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Victoria Roshchyna - Arquivo pessoal
Victoria Roshchyna - Arquivo pessoal

No início desta semana, autoridades ucranianas confirmaram a trágica morte da jornalistaVictoria Roshchyna, ocorrida no mês passado enquanto estava sob custódia na Rússia.

A jovem repórter, de apenas 27 anos, desapareceu em agosto do ano passado durante uma missão em território ucraniano ocupado pela Rússia. O paradeiro de Roshchyna permaneceu desconhecido por meses, gerando desespero entre seus familiares e amigos.

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Somente em abril deste ano, Moscou comunicou à família da jornalista sobre sua detenção na Rússia, revelando assim seu destino após meses de incerteza. Dmytro Lubinets, comissário de direitos humanos da Ucrânia, declarou ter recebido documentação oficial russa que atesta o falecimento de Roshchyna enquanto estava ilegalmente detida.

Os colegas de Roshchyna ressaltam que ela se aventurou em áreas sob controle russo para relatar as condições de vida dos cidadãos ucranianos vivendo sob ocupação. Eles acreditam firmemente que a morte da jornalista foi consequência direta das ações das autoridades russas.

Crime de guerra?

Em comunicado conjunto, profissionais de mídia ucranianos expressaram a convicção de que Roshchyna foi vítima de assassinato deliberado ou submetida a tratamento cruel durante seu cativeiro.

O Gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia está tratando o caso como um possível crime de guerra combinado com homicídio premeditado. A ex-editora do Hromadske, Evgeniya Motorevskaya, recorda Roshchyna como uma profissional comprometida e destemida, cuja paixão pelo jornalismo a levava a lugares cruciais para o país.

Além disso, Petro Yatsenko, porta-voz do Centro de Coordenação Ucraniano para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra, informou que cerca de 25 jornalistas ucranianos estão atualmente detidos pela Rússia, com vários outros ainda desaparecidos.

De acordo com Yatsenko, as autoridades russas alegaram que Roshchyna faleceu durante uma transferência entre centros de detenção na tentativa de libertá-la através de uma troca de prisioneiros.

Tetyana Katrychenko, representante da Media Initiative for Human Rights, destacou as condições desumanas do centro de detenção em Taganrog, onde Roshchyna foi mantida em isolamento por meses. Este local é amplamente conhecido por seu tratamento brutal dos detidos.

Em reconhecimento ao seu trabalho corajoso, Roshchyna havia sido agraciada com o prêmio Courage in Journalism em 2022 pela International Women’s Media Foundation. Seu legado continua vivo nas reportagens publicadas em diversos veículos respeitados, como Ukrayinska Pravda e Radio Free Europe.