Relatório contendo planos dos EUA e da OTAN para ajudar o governo ucraniano foram revelados nas redes sociais
Uma série de documentos ultrassecretos dos Estados Unidos e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) contendo informações e planejamentos sigilosos a respeito da guerra na Ucrânia teriam sido recentemente vazados em redes sociais.
Os relatórios, que incluíam, por exemplo, as quantidades de armamentos enviados por essas autoridades internacionais ao governo ucraniano a fim de ajudá-lo na batalha contra o exército russo, assim como previsões de entregas futuras, foram divulgados no Twitter e Telegram.
Esse relevante vazamento de dados confidenciais está atualmente sob investigação do Pentágono (Departamento de Defesa dos EUA), segundo informou o The Guardian.
Felizmente, os documentos tornados públicos não revelavam detalhes sobre a organização das próximas contra-ofensivas planejadas pelo exército da Ucrânia, de forma que o andamento da guerra não será prejudicado nesse sentido.
Outro aspecto curioso é que as autoridades norte-americanas identificaram alterações nos relatórios: os números referentes à quantidade estimada de baixas ucranianas resultantes do conflito teriam sido aumentados, enquanto aqueles sobre as estimativas de mortes do lado russo foram diminuídos.
Os analistas militares do Pentágono acreditam que as edições teriam sido feitas por oficiais da Rússia como parte de um esforço para melhorar o otimismo da população em relação à invasão do outro país, que já dura mais de um ano e fez com que a nação russa ficasse economicamente isolada do mundo devido às sanções que recebeu como retaliação pela decisão.
Mykhailo Podolyak, membro do governo ucraniano, comentou a divulgação dos dados confidenciais em entrevista à Reuters:
Esses são apenas elementos padrão dos jogos operacionais da inteligência russa e nada mais. A Rússia está procurando maneiras de recuperar a iniciativa, tentando influenciar os cenários dos planos de contra-ofensiva da Ucrânia. Buscando introduzir dúvidas, comprometer as ideias e, finalmente, tentando nos intimidar com o quão 'informados' eles são", afirmou ele.