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Último piloto sobrevivente da Batalha da Grã-Bretanha morre aos 105 anos

John "Paddy" Hemingway, o último piloto sobrevivente da Batalha da Grã-Bretanha, faleceu “pacificamente” nesta segunda-feira, 17, aos 105 anos

Luiza Lopes Publicado em 18/03/2025, às 10h00

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John "Paddy" Hemingway - Força Aérea Real Britânica
John "Paddy" Hemingway - Força Aérea Real Britânica

John "Paddy" Hemingway, o último piloto sobrevivente da Batalha da Grã-Bretanha, faleceu “pacificamente” nesta segunda-feira, 17, aos 105 anos, informou a Força Aérea Real Britânica (RAF) em comunicado.

Nascido em Dublin em 1919, Hemingway entrou para a RAF em 1938, um ano antes do início da Segunda Guerra Mundial. Aos 21 anos, atuou como piloto de caça na Batalha da Grã-Bretanha, período de três meses em que as forças aéreas britânicas defenderam os céus contra um grande ataque da Luftwaffe, a força aérea alemã.

Ele fazia parte de um grupo conhecido como "The Few" (“Os Poucos”), termo cunhado pelo então primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Esses aviadores desempenharam um papel crucial na defesa aérea do Reino Unido durante o conflito. "Jamais, no campo dos conflitos humanos, devemos tanto a tão poucos", declarou o primeiro-ministro na época. 

Segundo o comunicado, o esquadrão de Hemingway abateu 90 aeronaves inimigas em um período de 11 dias em maio de 1940 e forneceu cobertura aérea durante a Batalha da França. Durante a guerra, o piloto foi abatido quatro vezes.

Em entrevista à BBC News NI em 2023, Hemingway afirmou que "nunca buscou fama" por ter sido um dos "Poucos". "Não acho que tenhamos assumido qualquer tipo de grandeza. Estávamos apenas lutando uma guerra para a qual fomos treinados", disse.

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John 'Paddy' Hemingway foi o último sobrevivente da Batalha da Grã-Bretanha / Crédito: Força Aérea Real Britânica

‘Fim de uma era’

O falecimento do piloto marca "o fim de uma era" e um "lembrete comovente dos sacrifícios feitos por aqueles que lutaram pela liberdade durante a Segunda Guerra Mundial", declarou a RAF.

"Discreto, tranquilo e espirituoso, talvez não desejasse ser o último dos 'Poucos', mas incorporou o espírito de todos os que sobrevoaram os céus britânicos em defesa do país”, diz o comunicado. 

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prestou homenagem ao veterano, destacando que Hemingway "nunca se considerou um herói", mas "um homem que simplesmente fazia seu trabalho, como tantos outros de sua geração". 

Em publicação no X, o príncipe William, herdeiro do trono britânico, disse que "devemos muito a Paddy e à sua geração pelas liberdades que temos hoje". "Sua coragem e sacrifício serão sempre lembrados. Nunca os esqueceremos", acrescentou.