Após Elon Musk negar a informação de que o Twitter está entrando em falência, uma ONG fez uma proposta por “clube de democracias”
Elon Musk, empreendedor e CEO da Tesla, cedeu uma entrevista ao podcast All-In na véspera de Natal respondendo sobre o caso que vem estampando as capas de algumas notícias recentemente: Como anda a situação financeira do Twitter.
Conforme repercutido pelo portal de notícias Media Talks, o bilionário declarou que a rede social não se encontra na situação ideal, porém, diferente do que as pessoas andam dizendo, não corre risco de falência.
Entretanto, a Repórteres Sem Fronteiras (RSF) não acredita na palavra de Musk e aproveitou o momento conturbado que a plataforma vem passando para realizar uma proposta audaciosa — a compra consiste em um 'clube de democracias’, que recebe o apoio e um aporte financeiro por algumas organizações e países.
“Como o Twitter parece ter se tornado uma batata quente para Musk, que agora teme que a empresa vá à falência, ele pode estar interessado em discutir essa possibilidade”, disse a RSF.
A entidade de defesa da liberdade de imprensa declarou que as ações do empreendedor são "precipitadas" e estão se tornando um risco para rede social.
O comportamento precipitado e arbitrário de Elon Musk como chefe do Twitter está colocando em risco uma plataforma central para o acesso à informação e ao debate e, acima de tudo, pondo em risco os princípios democráticos”.
Após Musk perder a enquete que criou para saber se deveria ou não continuar sendo dono do Twitter, o filantropo sul-africano-canadense, naturalizado norte-americano, contou que vai deixar o cargo quando encontrar “um tolo o suficiente” para ser o novo CEO da plataforma.
O 'clube de democracias' iria adquirir uma parte da plataforma para comandar e bloquear algumas medidas em busca de manter a democracia. Outra opção do grupo seria de dar vida a uma fundação internacional de mídia social que ficaria à frente do Twitter — neste caso, a fundação iria estudar o estatuto da rede social para impedir qualquer interferência política.
“A era pós-Muskdeve ser aquela em que as mídias sociais servem ao interesse público”, contou Christophe Deloire, secretário-geral da RSF. Ainda segundo a fonte, ele apoia a proteção do Twitter contra “arbitrariedades ou interferências indevidas”.
Confira uma parte da entrevista de Elon Musk para o podcast All-In