País é agora o principal ponto de partida de imigrantes que tentam chegar à Europa por mar
A guarda costeira da Tunísia encontrou um número sem precedentes de 901 corpos de imigrantes afogados ao longo de sua costa entre 1º de janeiro e 20 de julho deste ano, conforme relatado pelo ministro do Interior, Kamel Feki, nesta quarta-feira, 26.
O país localizado no norte da África tem enfrentado uma onda recorde de migração, de modo que se tornou o principal ponto de partida da região para pessoas que fogem da pobreza e dos conflitos no continente africano e no Oriente Médio, na esperança de encontrar uma vida melhor na Europa, substituindo a Líbia nesse papel.
De acordo com a agência de notícias Reuters, dos 901 corpos encontrados no período, 36 eram de tunisianos e 267 eram de imigrantes estrangeiros. As identidades dos demais, no entanto, eram desconhecidas.
Conforme destaca a fonte, a maioria dos barcos que transportam migrantes parte da costa da cidade de Sfax, no sul da Tunísia.
Dados oficiais mostram que até 14 de julho, aproximadamente 75.065 migrantes chegaram à Itália por mar, em comparação com 31.920 no mesmo período do ano anterior. É importante destacar que mais da metade desses migrantes saiu da Tunísia.