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Notícias / Estados Unidos

Trump lamenta a morte de George Floyd, mas pondera que mais brancos são mortos por violência policial

"O povo branco também [morre]. O branco também... Mais pessoas brancas [morrem], a propósito”, alegou em conversa com a CBS News

Fabio Previdelli Publicado em 15/07/2020, às 10h25

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Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Getty Images
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos - Getty Images

Em uma entrevista à CBS News na última terça-feira, 14, o presidente americano Donald Trump disse que o assassinato de George Floyd foi “terrível”, mas se mostrou contrariado ao ser questionado sobre o porquê dos negros americanos ainda serem mortos pelas mãos de policiais. "O povo branco também [morre]. O branco também. Que pergunta terrível é essa?”, ponderou à jornalista Catherine Herridge. "Mais pessoas brancas [morrem], a propósito. Mais pessoas brancas”.

Apesar da polícia americana não fornecer dados sobre o número de mortes causadas por policiais, uma pesquisa de 2018, publicada pelo American Journal of Public Health (AJPH), compila estatísticas e mostra que os americanos negros são mais propensos a morrer nas mãos da polícia do que os brancos. “Homens negros têm aproximadamente 3,5 vezes mais chances de serem mortos pela polícia do que homens brancos”, diz parte da matéria da CBS.

Corroborando com essa informação, um estudo do ano passado, realizado pela Proceedings Of The National Academy Of Sciences Of The United States Of America, descobriu que um em cada mil homens negros nos EUA pode esperar morrer nas mãos da polícia ao longo de suas vidas.

Entretanto, em contraponto a esses dados, um estudo realizado em junho por pesquisadores de Harvard mostra que o número de brancos mortos pela polícia entre 2013 e 2017 era maior do que qualquer outro grupo demográfico. Porém, vale ressaltar que os brancos constituem uma maior parcela da população americana que os negros, e esse mesmo estudo aponta que os afro-americanos eram três vezes mais propensos a serem mortos por policiais do que os brancos.

Outro ponto que causou polêmica na entrevista aconteceu quando Trump foi questionado sobre a bandeira dos Estados Confederados — visto por muitos como um símbolo de supremacistas branco.

"Tudo o que digo é liberdade de expressão. É muito simples. Minha atitude é liberdade de expressão. Opiniões muito fortes sobre a bandeira confederada. Comigo, é liberdade de expressão. Muito simples. Goste, não goste, é liberdade do discurso ", disse Donald Trump que, em 2015, acreditava que a bandeira confederada deveria estar em um museu, alega a CBS.