No Irã, as mulheres foram enforcadas por matarem seus maridos
Uma ONG afirmou, nesta sexta-feira, 29, que durante essa semana ao menos três mulheres foram executadas em um único dia, no Irã. Elas teriam sido mortas sob a acusação de terem assassinado seus maridos.
No Irã, há uma grande preocupação com o aumento do número de mulheres enforcadas. Os ativistas dizem que muitos dos maridos mortos eram abusivos, e essas mulheres haviam se casado quando ainda eram crianças, inclusive com parentes.
A ONG Iran Human Rights (IHR), sediada na Noruega, anunciou que três mulheres foram executadas na última quarta-feira, 27 de julho, em diferentes prisões, por terem matados seus maridos. Somente em 2022, ao menos 10 mulheres foram executadas, uma delas, Jalali, foi executada em uma prisão nos arredores de Teerã.
No oeste do país, Soheila Abedi, que se casou com o marido aos 15 anos, foi enforcada em uma prisão na cidade de Sanandaj. Ela matou o parceiro 10 anos depois do casamento e, de acordo com o IHR, foi condenada em 2015. Já no noroeste do país, Faranak Beheshti foi executada na prisão na cidade de Urmia, condenada há 5 anos pelo homicídio do marido.
Os ativistas comentaram que no Irã as leis são contra as mulheres, já que elas não têm o direito de exigirem o divórcio, de forma unilateral, ainda que haja casos de violência doméstica ou de abuso, segundo informações do G1.
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