Descoberta do fruto na última semana desvendou mistério que perdurava por meses e ainda 'inocentou' astronauta norte-americano
Em março deste ano, o astronauta Frank Rubio realizou a colheita final do experimento Veg-05 — que cultivou tomates na Estação Espacial Internacional (ISS). O fruto, porém, sofreu com dificuldades de crescimento e media apenas cerca de 2,5 centímetros.
Mesmo assim, Rubio deu a cada astronauta da ISS amostras dos tomates colhidos. Entretanto, sua parte, armazenada em um saco zip lock, acabou flutuando dentro da estação e se perdeu.
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O mais curioso dessa situação é que o tomate jamais foi encontrado por Frank Rubio, que retornou à Terra em setembro. Assim, Frank passou a ser 'acusado' de devorar o fruto — importante resultado de uma pesquisa cientifica — em segredo.
"Um momento de orgulho ao colher o primeiro tomate no espaço se tornou uma ferida que eu mesmo abri ao perder o primeiro tomate no espaço", disse em entrevista à NASA, onde comentou sobre o fato de ter sido o astronauta americano a passar pelo voo espacial mais longo: 371 dias no espaço.
Mas após oito meses, Frank Rubio acabou de ser inocentado por seus colegas. Afinal, a embalagem com o tomate foi encontrada após longo oito meses de procura, informou astronauta da NASA, Jasmin Moghbeli, na semana passada.
Nosso bom amigo Frank Rubio, que já voltou para casa, já é culpado há um bom tempo por comer tomate. Mas podemos exonerá-lo. Encontramos o tomate", disse em tom descontraído.
Segundo recorda o Live Science, o desaparecimento do tomate se tornou publico em 13 de setembro, duas semanas depois do retorno de Rubio. "Passei tantas horas procurando por aquela coisa", lamentou durante a transmissão.
Tenho certeza de que o tomate desidratado aparecerá em algum momento e me inocentará, anos no futuro", disse.
Embora Moghbeli não tenha descrito a condição do fruto e nem em que local ele foi encontrado, vale destacar que não é uma tarefa muito difícil perder algo dentro da Estação Espacial Internacional. Afinal, a ISS é maior que uma casa de seis quartos.
Além disso, na microgravidade, as coisas podem facilmente flutuar para cantos inesperados. Geralmente, o procedimento padrão orientado pela NASA é de procurar os objetos em entradas de ventilação e coisas do tipo. Mas em uma estação lotada, e com 25 anos de material acumulado, é fácil perder algo de vista.
Quando questionado pelos repórteres sobre o episódio um tanto quanto curioso, Frank lamentou não ter encontrado seu tomate anão, apesar das "18 a 20 horas do meu tempo procurando por isso". (Pode ser que o tempo gasto tenha sido uma forma bem humorada e exagerada do astronauta descrever a situação e se 'inocentar').
"A realidade do problema, você sabe: a umidade lá em cima é de 17%. Provavelmente [o tomate] está desidratado a ponto de você não saber o que era e alguém simplesmente jogou fora o saco", disse rindo. "Espero que algum dia alguém encontre isso: uma coisinha enrugada".