Órgão do governo dos EUA considera algumas unidades como "local racialmente segregado"
Em denúncia coletiva assinada por 15 ex-funcionários, na sexta-feira,1°, a Tesla é alvo de mais um processo por não impedir casos de racismos em suas fábricas. Desta vez, trata-se da unidade localizada em Fremont, na Califórnia, Estados Unidos. Os trabalhadores alegam que estavam expostos a diversos ataques de assédios raciais, insultos e comentários depreciativos durante os seus expedientes.
Segundo repercutido pelo Olhar Digital, os acusadores falam que os colegas com a cor de pele branca diariamente usavam termos racistas e discriminatórios. Também é apontado que a empresa não removia grafites racistas presentes nas paredes dos banheiros, bancos e armários.
Nos rabiscos pichados nas paredes, estavam escritos repetidamente a sigla KKK, que faz alusão a Ku Klux Kan, grupo supremacista racista, assim como alguns desenhos de suásticas, símbolo apropriado pelos nazistas.
Em um dos registros anexados, Nathaniel Aziel Gonsalves, que trabalhou na empresa chefiada por Elon Musk durante 9 anos, disse ter sido demitido repentinamente, depois que denunciou os casos contínuos de discriminação. Em complemento, outros colaboradores dissertaram sobre como tiveram promoções negadas com base na raça.
Não é a primeira vez que a Tesla é denunciada por racismo. O Departamento de Emprego Justo e Habitação da Califórnia classifica algumas unidades da companhia como um “ambiente racialmente segregado, onde trabalhadores negros são submetidos a insultos raciais e são discriminados”. Isso se deve aos registros de 8 denúncias contra discriminação racial desde 2020.
Por esses fatores, a montadora também é alvo de uma investigação da Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego dos Estados Unidos.