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Notícias / Maníaco do Corcel

Terror no interior de SP: conheça a história do 'Maníaco do Corcel'

Soldador José Antônio Miranda da Silva é condenado a 337 anos de prisão por série de crimes brutais contra mulheres vulneráveis

Redação Publicado em 20/02/2025, às 14h30

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José Antônio Miranda da Silva - Reprodução/Facebook
José Antônio Miranda da Silva - Reprodução/Facebook

José Antônio Miranda da Silva, o 'Maníaco do Corcel', teve sua ficha criminal preenchida com mais um capítulo sombrio. Após décadas de crimes hediondos, o soldador foi condenado a 337 anos de prisão em um julgamento recente em São José do Rio Preto (SP).

Sua trajetória criminosa, marcada por estupros, roubos, tentativas de homicídio e homicídios, chocou o interior paulista e revelou um padrão cruel e metódico de violência contra mulheres vulneráveis.

A primeira condenação de José ocorreu em 1996, quando ficou conhecido pelo modus operandi que lhe rendeu o apelido: utilizava um Ford Corcel para atrair vítimas, geralmente mulheres que caminhavam sozinhas pelas ruas, sob o pretexto de oferecer carona. Na época, foi condenado a 60 anos de prisão por três estupros e três assassinatos. Cumpriu apenas 20 anos da pena, por ser réu primário, e foi liberto em 2017, explica o UOL.

Logo após a saída da prisão, voltou a agir em cidades do noroeste paulista. Em Monte Aprazível, Uchoa e São José do Rio Preto, utilizava um Corsa branco para atrair suas vítimas. Entre 2018 e 2020, segundo a Polícia Civil, cometeu 21 crimes contra 14 mulheres, incluindo um caso em que enterrou uma vítima viva em um canavial.

A vítima enterrada relatou que o caso ocorreu em março de 2022, em Uchoa (SP). Após pedir informações, o homem a levou para um canavial, onde a agrediu, estuprou e enterrou viva em uma cova rasa. A vítima conseguiu escapar e encontrou um casal de idosos que acionou a polícia.

Modus operandi

José se aproximava das mulheres e, após ganhar sua sua confiança, as oferecia carona. Em seguida, as levava para áreas rurais, onde as agredia, estuprava e roubava seus pertences, deixando-as nuas. Em algumas ocasiões, tentou incendiar os corpos das vítimas.

Segundo o processo, algumas mulheres se fingiram de mortas para escapar, enquanto outras desmaiaram devido às agressões. A maioria das vítimas era escolhida por sua vulnerabilidade social, como usuárias de drogas e garotas de programa, cujos desaparecimentos não seriam notados de imediato.

Mesmo condenado, o maníaco nega os crimes. Em julgamento recente, foi condenado a 337 anos de prisão por dois homicídios, sete tentativas de homicídio, sete estupros e cinco roubos. O soldador está preso na cadeia de Lucélia (SP) há cinco anos.

Segundo o UOL, a defesa de José afirma que vai recorrer da decisão e pedir a anulação do júri popular.

"Vi várias nulidades, como jurado dormindo antes de começar o júri e o juiz conversando com o jurado. A sala secreta, onde ocorre a votação, mudou de lugar repentinamente e não se pode trocar a sala de votação de última hora. Houve essas irregularidades que vou apontar na apelação e recorrer", relatou Emerson Bertolini, advogado de defesa de José, ao UOL.