André Luiz Gomes da Silva, de 32 anos, sofreu graves ferimentos em uma perna
Banhistas da Praia dos Milagres, localizada na cidade de Olinda, em Pernambuco, tomaram um grande susto nesta segunda-feira, 20, de Carnaval. Isso porque um homem de 32 anos que surfava no local sofreu um ataque de tubarão. Ele sofreu ferimentos graves em uma das pernas, tendo sido socorrido imediatamente por pessoas que estavam presentes na beira-mar.
De acordo com o médico Renato Souto, que realizou o resgate do surfista — identificado como André Luiz Gomes da Silva, um montador de andaimes local — contou em entrevista à TV Globo que foi possível confirmar que de fato se tratava de uma "mordedura de tubarão" a partir das características das lesões na perna. Conforme informado pelo g1, Silva sofreu ferimentos na coxa e na panturrilha esquerdas.
Quando o Corpo de Bombeiros foi acionado, por volta das 16h30 de ontem, foi informado que o serviço era necessário para resgatar um homem que "teria sofrido um ataque de tubarão" na Praia dos Milagres. Quando chegaram lá, porém, o surfista já tinha sido retirado do mar por populares, e sido socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O homem foi então encaminhado ao Hospital da Restauração (HR), que fica localizado na capital pernambucana, Recife. Ele deu entrada por volta das 17h10, sendo encaminhado ao bloco cirúrgico em estado grave.
O Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit) disse em nota que atualmente está investigando um "incidente envolvendo um homem de 32 anos e um animal marinho". Nela, ainda acrescentou que a vítima "estava em um local com proibição para a prática de surf desde 1999".
A proibição, por sua vez, se dá justamente pelo fato de a incidência de tubarões na região ser elevada. Em 2021, por exemplo, duas pessoas foram atacadas por animais do tipo na cidade de Jaboatão dos Guararapes, onde uma delas ficou ferida e a outra morreu.
Desde 1992, ano em que o primeiro caso de ataque de tubarão foi registrado em Pernambuco, foram feitas 74 ocorrências, sendo 64 delas no continente, e outras 10 na ilha de Fernando de Noronha, como explica o g1.