Especialistas explicam teorias sobre o que pode ter ocorrido com o submarino Titan, que desapareceu domingo, 18
O Titan, um submarino pequeno que transportava cinco pessoas em uma expedição para os destroços do Titanic no fundo do oceano, está desaparecido desde domingo, 18. Um piloto e quatro passageiros estão a bordo do submersível. A comunicação foi interrompida, indicando que o veículo enfrenta problemas, mas não é possível determinar com precisão o que ocorreu.
Especialistas têm suas teorias a respeito do paradeiro do submarino. Pode estar no fundo do oceano, flutuando na superfície ou até mesmo ter implodido sob a pressão da coluna de água. De acordo com a OceanGate, empresa privada responsável pelo passeio, o suprimento de oxigênio do submarino pode se esgotar no início da quinta-feira, 22.
A empresa cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) por assento na expedição. Entre os passageiros estão Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate e piloto do submarino; Shahzada Dawood, empresário paquistanês; Suleman Dawood, filho de Shahzada; Hamish Harding, bilionário e explorador britânico; e Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e principal especialista no naufrágio do Titanic.
Se o submarino estiver no fundo do mar, resgatá-lo será extremamente difícil, conforme dito por especialistas. Os destroços do Titanic estão a cerca de 3.800 metros de profundidade. O contato com o submarino foi perdido aproximadamente na metade da descida. Tim Maltin, especialista no naufrágio e nos destroços do Titanic descreveu o ambiente.
Lá embaixo é completamente escuro. É extremamente frio. O leito marinho é de lama e ondulado. Não se consegue ver a mão na frente do seu rosto”, disse ele.
Caso o submarino esteja flutuando na superfície do oceano, encontrá-lo também será difícil, conforme os especialistas. A embarcação, que possui o tamanho de uma van, também será difícil de ser vista se realmente estiver parcialmente submersa. Além disso, está distante da costa, o que demanda tempo para mobilizar navios e equipamentos para a vasta área.
Michael Harris, um mergulhador que já visitou os destroços do Titanic, concedeu uma entrevista à rede de TV Fox News e informou que o pior cenário seria se algo tivesse acontecido com o casco do submarino, resultando em sua implosão a uma profundidade de aproximadamente 3.200 metros, segundo o G1.
Harris também ressaltou que considera o ambiente onde a embarcação está localizada extremamente perigoso, e que há poucas opções de ação. "Mais pessoas foram ao espaço do que a essa profundidade no oceano. Quando se mergulha nessas situações, é preciso fazer tudo perfeitamente e seguindo as regras", comentou.