Lançado no Brasil após polêmica ao redor do mundo, Som da Liberdade chama atenção ao liderar as bilheterias com ingressos gratuitos
Lançado no Brasil após polêmica Estados Unidos, o filme "Som da Liberdade" chutou 'A Freira 2' do topo das bilheterias brasileiras. Ao arrecadar de R$ 5,77 milhões no seu primeiro final de semana, o filme se tornou o mais assistido por brasileiros nos cinemas, entretanto, chama atenção que a Angel Studios tem oferecido ingressos gratuitos ao público.
Conforme apurado pelo jornal O Globo, ao acessar o site da produtora é possível solicitar ingressos gratuitos para assistir ao longa nos cinemas.
"Um anjo pagou adiantado para que você possa assistir a 'Som da liberdade' nos cinemas gratuitamente", diz um comunicado da Angel Studios.
"Som da Liberdade" chega aos cinemas brasileiros após faturar mais de US$ 200 milhões no mundo, no entanto, por ser 'baseado em uma história real' causa polêmica ao ser associado a infame teoria conspiratória conhecida como QAnon. Difundida pela extrema-direita nos Estados Unidos, alega que existem redes ao redor do mundo de tráfico sexual infantil lideradas por progressistas.
No filme "Tim (Kim Caviezel) trabalhava como agente federal americano e estava satisfeito com o próprio desempenho e o de sua equipe no combate a pedofilia. Certo dia, Tim é confrontado com uma realidade diferente. Após salvar um menino das mãos de traficantes sexuais, a criança pede que ele salve sua irmã em poder dos criminosos. Ao descobrir ela viva, na Colômbia, ele se desliga do governo com o apoio de sua esposa (Mira Sorvino). É quando Tim parte para uma perigosa missão de resgate, não somente dela, mas de outros inocentes das garras dessa absurda indústria. Baseado em uma história real", destaca a sinopse.
Durante conversa com os Los Angeles Times, Alejandro Monteverde, o diretor de "Som da Liberdade", comentou a respeito da polêmica associada ao filme: "Eu não quero ser parte de nada que caia na área da política. Então, quando eu comecei a ver a divisão, meu primeiro instinto foi correr. Porém, mais tarde, eu percebi que, por me distanciar, a história não estava sendo mostrada", disse ele.
Ele também discutiu a respeito do fato de que o protagonista do filme, o ator Jim Caviezel, é apoiador da teoria conspiratória. Alejandro explicou que o fator impactou na divulgação do longa, entretanto, não tem ligação a "como eu sou como pessoa, como cineasta e como contador de histórias".
Em entrevista à Variety, o diretor disse que começou a trabalhar com o filme em 2015, aproximadamente dois anos antes da teoria ganhar força. Ele também explicou como os ataques ao filme o afetaram.
"Foi de partir o coração quando eu vi toda a polêmica e toda a controvérsia acontecendo. (...) Olha, quando eu contrato as pessoas, eu não posso controlar o que elas fazem em seu tempo livre", disse ele, como repercutido pelo Cinebuzz. "Eu era um diretor. Eu escrevi o roteiro. Eu contratei o ator que considerei ser o melhor para o filme. O tema era bastante pessoal para ele."