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Notícias / Internacional

Sepultura coletiva de vítimas da ditadura de Stalin é descoberta na Ucrânia

Os pesquisadores continuam as escavações na cidade de Odessa, que já revelou 8.000 corpos

Redação Publicado em 28/08/2021, às 11h23

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Escavações na área da sepultura coletiva - Divulgação/Youtube
Escavações na área da sepultura coletiva - Divulgação/Youtube

Um grupo de pesquisadores identificaram o que seria uma das maiores sepulturas da Era Stalin na Ucrânia, segundo a BBC News. As 29 sepulturas, que estão na cidade de Odessa, possuem os restos mortais de aproximadamente 5.000 a 8.000 pessoas.

Estima-se que o local é do final dos anos 1930 e foi descoberto durante a expansão de um aeroporto. Os cadáveres pertencem a algumas das centenas de milhares de ucranianos que teriam morrido durante a ditadura de Josef Stalin na União Soviética entre 1927 e 1953.

Sergiy Gutsalyuk, diretor regional do Instituto Nacional da Memória da Ucrânia, em entrevista à AFP, disse que as vítimas, aparentemente, foram mortas pela unidade da polícia secreta soviética. Porém, acrescentou que nenhum corpo pode ser identificado porque não há registros na Rússia.

As mortes

Segundo a agência de notícias ucraniana Ukrinform, cerca de 8.600 pessoas foram condenadas à morte pela força secreta soviética entre 1938 e 1941 em Odessa.

Inicialmente, o Instituto Nacional da Memória relatou que era impossível determinar o número de pessoas executadas no local, embora tenha esclarecido que esta é provavelmente uma das maiores sepulturas encontradas até o momento no país.

Escavações em Odessa | Crédito: Divulgação/Youtube

Aleksander Babich, um dos historiadores que contribuiu para a descoberta, publicou no Facebook que é possível que existam mais corpos do que os já encontrados, pois as escavações não foram concluídas em algumas áreas.

Aleksander acrescentou que outras sepulturas também podem ser encontradas perto do local, onde uma unidade militar estava operando.

Uma das maiores sepulturas da Ucrânia fica em Bykivnia, uma floresta fora da capital Kiev, onde estima-se que mais de 200.000 prisioneiros executados foram enterrados.

Além disso, milhões de ucranianos morreram durante a fome que ocorreu na era Stalin entre 1932-33, considerada por muitos como um ato genocida cometido pelo líder soviético, embora a Rússia negue essa versão.