O ex-oficial poderia pegar até 40 anos de prisão pelo homicídio culposo do homem negro em maio de 2020
O ex-policial Derek Chauvin, que matou o ex-segurança George Floyd durante uma ação policial em maio do ano passado, teve sua sentença divulgada na tarde da última sexta-feira, 25. O ex-oficial pegou 22 anos e meio e prisão, podendo solicitar a liberdade condicional após 14 anos em regime fechado.
O norte-americano já havia sido considerado culpado em 20 de abril de maneira unânime pelos 12 jurados do caso, que avaliaram o ato de asfixiar o homem detido como um "homicídio culposo, negligência ao assumir o risco consciente de causar a morte de Floyd e causar a morte, sem intenção, através de um ato perigoso, sem consideração pela vida humana".
Sem antecedentes criminais, a pena máxima poderia totalizar 40 anos de prisão, considerando a situação de vulnerabilidade de Floyd e o fato de estar em serviço quando realizou a execução do homem imobilizado. Durante todo o julgamento, Derek se recusou a depôr, se restringindo apenas a poucas frases: “Quero dar minhas condolências à família Floyd”.
Rodeado de protestos, a morte do homem identificado como George Floyd, 40, causa uma imensa discussão nos Estados Unidos após a violenta ação policial gravada por Darnella Frazier.
Nas imagens, registradas em 25 de maio (2020), um policial branco identificado como Derek Chauvin aborda o homem negro após um chamado local de um homem com características físicas semelhantes ter passado uma cédula falsa em uma loja de conveniência
George, deitado, é asfixiado com o joelho do oficial durante sete minutos, sem receber ajuda — além de ter as roupas rasgadas e estar imobilizado de bruços próximo ao meio fio de uma calçada. Enquanto era detido, diversas testemunhas pedem para que o policial retire o joelho de seu pescoço, sem sucesso.
É possível notar que o nariz de Floyd sangra durante a ação, até implorar pela vida: "Não consigo respirar. Não me mate", disse George, momentos antes de desacordar. O homem morreu a caminho do hospital e a ligação com o crime nunca foi comprovada pelos policiais.