Ike Ekweremadu facilitou a ida de homem à Inglaterra para dar rim à sua filha; entenda!
Nesta quinta-feira, 23, o Crown Prosecution Service (CPS), principal órgão público para conduzir processos criminais na Inglaterra e no País de Gales, publicou um comunicado informando que o senador nigeriano Ike Ekweremadu, sua esposa e um médico foram julgados culpados por tráfico humano.
Ike Ekweremadu (de 60 anos), sua esposa Beatrice (56) e o doutor Obinna Obeta (51), foram considerados culpados de facilitar a viagem de um jovem para a Grã-Bretanha com o intuito dele fornecer um rim para a filha de Ekweremadu, Sonia Ekweremadu (21).
Esta foi uma trama horrível para explorar uma vítima vulnerável, traficando-a para o Reino Unido com o objetivo de transplantar seu rim”, afirmou a promotora-chefe da Coroa, Joanne Jakymec.
Segundo o The Guardian, em fevereiro de 2022, a vítima foi falsamente apresentada em uma unidade renal privada no hospital Royal Free, em Londres, como sendo primo de Sonia. O sujeito alegou que faria o transplante de rim de forma altruísta.
O promotor Hugh Davies alegou ao tribunal que hospital Royal Free trataram o homem e outros doadores em potencial como"bens descartáveis" e "peças sobressalentes como recompensa".
O promotor ainda chamou a atenção para o comportamento do senador, um advogado de sucesso e fundador de uma instituição de caridade antipobreza que ajudou a redigir as leis da Nigéria contra o tráfico de órgãos: "Desonesto e hipócrita".
“O que ele concordou em fazer não foi simplesmente conveniente para os interesses clínicos de sua filha, Sonia, foi exploração, foi criminoso. Não é defesa dizer que ele agiu por amor à filha. Suas necessidades clínicas não podem prejudicar a exploração de alguém em situação de pobreza”, finalizou.
Ike Ekweremadu, por sua vez, negou as acusações e informou que foi vítima de um golpe, disse o The Guardian. Obeta também negou e informou que o homem que doaria o rim agiu por vontade própria. Já Beatrice alegou não saber de nada em relação ao caso. Sonia Ekweremadu foi considerada inocente.