Solicitação foi oficializada nesta terça-feira, 17
A Suécia assinou nesta terça-feira, 17, um pedido de adesão à OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em meio à guerra na Ucrânia. A ação representa o fim do status de neutralidade militar que vinha sendo apresentado entre o Ocidente e a Rússia.
"Acabei de assinar uma histórica carta de indicação do governo sueco para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. Nossa candidatura à Otan está agora oficialmente assinada", comunicou a ministra das Relações Exteriores sueca, Ann Linde.
De acordo com informações da agência de notícias ANSA, a chanceler declarou que candidatura do país deve ser enviada junto com a da Finlândia nos próximos dias. "Não sabemos quanto vai durar [o processo de adesão], mas calculamos que pode levar até um ano", disse ela.
Na segunda-feira, a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, já havia dito que solicitaria a adesão a fim de "garantir a segurança do povo sueco" em um período marcado pela invasão russa ao território ucraniano.
Conforme a fonte, para ingressar na organização, os países interessados precisam da aprovação unânime dos estados-membros, o que não parece provável no momento, uma vez que a Turquia já se manifestou publicamente ser contra a medida. Isso porque as autoridades turcas acusam suecos e finlandeses de abrigar supostos "terroristas" curdos.
O presidente russo,Vladimir Putin, já declarou que não considera a entrada dos dois países na aliança uma "ameaça". No entanto, alertou que a resposta de Moscou irá depender da presença militar da Otan nos territórios.