Em uma moção mundial para ajudar residentes do Rio Grande do Sul, a Nasa capturou imagens com seus satélites que podem auxiliar autoridades; confira!
Publicado em 09/05/2024, às 10h53 - Atualizado às 18h45
Na última quarta-feira, 8, o satélite Landsat 8 da NASA, o mais avançado em termos de observação, capturou uma imagem da inundação que assola Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, ainda durante o ápice da cheia. A foto, adquirida pela câmera Operational Land Imager embarcada na sonda, detalha extensivamente a extensão da inundação em praticamente toda a área urbana.
A visualização revela as regiões alagadas ao longo das margens do Rio Guaíba, desde Navegantes, no extremo norte, até Menino Deus, no sul. A coloração barrenta das águas cobre áreas adjacentes à cidade, como Farrapos, São Geraldo, Centro e Menino Deus.
Além disso, a tonalidade marrom da água é perceptível em áreas mais internas, como São João e o Aeroporto Salgado Filho, vistas do céu. A captura da imagem pelo Landsat 8 ocorreu em condições meteorológicas favoráveis, enquanto o satélite orbitava a Terra a uma altitude superior a 700 km.
A nitidez da imagem permite discernir, na mesma fotografia, a água barrenta presentes no estádio Beira-Rio e na Arena do Grêmio. Esta imagem foi produzida em apoio aos cientistas brasileiros parceiros da NASA no Programa de Ciências Aplicadas da agência, que inclui uma divisão para lidar com desastres naturais.
Os especialistas americanos estão utilizando o sistema do Landsat 8 para mapear deslizamentos de terra e identificar áreas sem energia elétrica no estado do Rio Grande do Sul. O mapa elaborado pela NASA já identificou mais de uma centena de pontos de deslizamento, que se estendem de Caxias do Sul até Santa Maria, de acordo com o portal O Globo.
Além do Landsat 8, a NASA também divulgou imagens da inundação captadas pelos satélitesAqua e Terra, equipados com o instrumento Modis, capaz de captar diferentes frequências de radiação além da luz visível.
O Modis, na segunda-feira, 6, registrou a extensão da inundação no rio Jacuí, desde Charqueadas, a oeste de Porto Alegre, até a entrada na Lagoa dos Patos, passando pelo encontro entre o Jacuí e o Guaíba.
A mancha de água barrenta, resultado da turbulência do rio carregando sedimentos, cobria uma vasta extensão da lagoa, alcançando o sul até aproximadamente a latitude de Cerrito. A imagem também mostra as margens inundadas dos rios Sinos e Caí.