Teste teria gerado milhares de destroços espaciais perigosos a satélites e astronautas
A Rússia teria sido responsável por testar uma arma antissatélite na última segunda-feira, 15, conforme foi acusado pelo porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Ned Price.
Ele caracterizou o comportamento como “perigoso e irresponsável”, visto que o teste teria gerado milhares de destroços espaciais que trazem perigos para outros satélites, além de astronautas e cosmonautas de todas as nações que se encontram no espaço.
“O comportamento perigoso e irresponsável põe em risco a sustentabilidade do nosso espaço e demonstra claramente que as declarações russas em oposição a armas espaciais são desonestas e hipócritas”, afirmou.
De acordo com Price, a situação fez com que mais de 1,5 mil fragmentos de destroços espaciais começassem a orbitar a Terra. Ele declarou que isso ameaça “os interesses de todas as nações”.
Críticas contra o teste também vieram pelos britânicos. Segundo as autoridades do Reino Unido, a operação de Moscou demonstra que os russos apresentam um “desrespeito completo pela segurança e sustentabilidade” dos protocolos para operações no espaço.
Como relatou o jornal O Globo, a agência espacial russa Roscosmos informou antes da acusação dos EUA que astronautas que estavam na Estação Espacial Internacional precisaram se proteger de destroços que orbitavam na área.
Pelo Twitter, o cosmonauta Anton Shkaplerov escreveu: "Amigos, está tudo normal conosco! Continuamos a trabalhar de acordo com o programa".